Em meio ao aumento da crise institucional entre os Poderes Executivo e Judiciário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) citou trecho de uma música do Exército Brasileiro e disse que “se a Pátria for um dia ultrajada, lutaremos sem temor”.
“Vem também uma parte de uma canção conhecida por todos: 'A paz queremos com fervor, a guerra só nos causa dor. Porém, se a Pátria amada for um dia ultrajada, lutaremos sem temor'. Quando assumi a Presidência, entreguei na mão de Deus a minha vida. Tudo farei para garantir, com todo respeito aos médicos, um bem mais sagrado que a nossa própria vida, que é a nossa liberdade”, afirmou.
A declaração de Bolsonaro ocorreu nesta quinta-feira (5) durante pronunciamento na cerimônia de entrega de medalhas de Ordem do Mérito Médico e Mérito Oswaldo Cruz.
Durante seu pronunciamento, Bolsonaro contou episódios vivenciados, entre eles, o atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG), na campanha eleitoral de 2018. “O que fica disso tudo é uma passagem bíblica que eu quero resumir: nada temeis, nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna”, suspira.
“Isso marca a gente, faz a gente ter coragem para decidir questões que interessam a 210 milhões de brasileiros. Hoje eu me considero um médico da liberdade no Brasil”, completou.
Reunião dos Poderes
Horas após o pronunciamento, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, subiu o tom contra Bolsonaro, cancelou a reunião entre os chefes dos três Poderes e disse que não existe diálogo sem respeito mútuo.
O presidente do STF disse que Bolsonaro tem reiterado ataques aos magistrados, em especial Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. No entanto, as ofensas atingem a Corte por inteiro.
R7
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