Em momento crítico da pandemia da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) planeja retomar a agenda de viagens pelo país e vai visitar ao menos três estados esta semana. Nesta quarta-feira, Bolsonaro deve ir para Chapecó (SC), Foz do Iguaçu (PR) e São Paulo (SP). O último destino tem como foco tentar uma reaproximação com empresários paulistas após uma série de críticas ao governo.
Na primeira parada, Bolsonaro planeja ir a Chapecó (SC), acompanhado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para reforçar o discurso em favor do atendimento precoce contra o novo coronavírus. Segundo Bolsonaro, o prefeito João Rodrigues (PSD) é um "exemplo a ser seguido" e demonstra que os efeitos da Covid-19 "têm como ser combatidos".
Com o sistema de saúde colapsado em fevereiro, a cidade catarinense precisou adotar medidas restritivas para reduzir os índices de contaminação, inclusive com toque de recolher, criticado por Bolsonaro. Apesar de indicar evolução, ao conseguir zerar o número de pacientes atendidos no Centro Avançado de Atendimento Covid-19, Chapecó ainda tem quase 100% de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de hospitais públicos e privados.
Depois de passar por Santa Catarina, Bolsonaro segue com a comitiva presidencial para Foz do Iguaçu (PR), onde acompanhará a posse do novo diretor-geral brasileiro da Itaipu, João Francisco Ferreira. O presidente também irá acompanhar obras no aeroporto da cidade.
Por fim, ele termina o dia em São Paulo, onde terá um jantar com empresários, que terá Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil, como anfitrião. Também são esperados nomes como Rubens Ometto (Cosan), Flávio Rocha (Riachuelo) e Luiz Trabuco (Bradesco).
Há expectativa de que os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Fábio Faria (Comunicações), Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) acompanhem o presidente na agenda.
Em meados de março, quando decidiu demitir Eduardo Pazuello do comando do Ministério da Saúde, Bolsonaro cancelou viagens devido ao recrudescimento da pandemia de Covid-19 no Brasil. A decisão foi influenciada por parlamentares, que aconselharam o presidente a evitar deslocamentos no auge da crise sanitária.
Nos últimos meses, Bolsonaro viajou pelo Brasil, provocou aglomerações e participou de diversos compromissos sem usar máscara.
O Globo
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