O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (5), sem dar detalhes, que o governo vai antecipar o 13º "dos mais frágeis" e "dos mais idosos". Segundo ele, a medida será adotada após a aprovação do orçamento.
Guedes deu a declaração na portaria do ministério, após ter se reunido com o deputado Daniel Freitas (PSL-SC), relator da proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC Emergencial. O texto já foi aprovado pelo Senado e enviado para a Câmara.
Em janeiro, o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz informou que o governo federal havia decidido antecipar o 13º de aposentados do INSS e o abono salarial.
"O abono salarial já foi antecipado. Agora, assim que aprovar o orçamento, vai ser antecipado o 13º justamente dos mais frágeis, dos mais idosos, como fizemos da outra vez. O BEM, que é o programa de preservação de empregos, já estão sendo disparadas as novas bases. Então, tem mais coisa vindo por aí", declarou Guedes nesta sexta.
O ministro já havia dito que iria retomar o programa de suspensão de contratos e redução de jornada, mas não deu detalhes sobre a duração ou sobre o início da nova rodada do programa.
Vacinação em massa
Também na entrevista desta sexta-feira, Paulo Guedes voltou a defender a vacinação em massa contra a Covid-19.
Nesta quinta, em um vídeo divulgado pela assessoria, o ministro já havia dito que a vacinação é necessária porque "sem saúde, não há economia".
"O grande desafio é a vacinação em massa. Na saúde, nós precisamos avançar rapidamente para não derrubar a economia brasileira de novo. Além da dimensão humana, das tragédias, das famílias, tem o perigo de derrubar a economia de novo e ai você agudiza todo o problema brasileiro.", afirmou o ministro nesta sexta.
"Agora é saúde, vacinação em massa, não vamos falar de Bolsa Família agora", acrescentou.
PEC Emergencial
Após a reunião com Paulo Guedes, o relator da PEC Emergencial, deputado Daniel Freitas (PSL-SC), sinalizou que não deve alterar o texto aprovado no Senado.
"O Brasil tem pressa, a urgência dessa matéria é evidente e precisamos dar celeridade no processo. Qualquer alteração nessa PEC faz o Brasil atrasar, portanto, vamos discutir e conversar e tentar acelerar o mais rápido possível a aprovação dessa PEC", disse.
O texto viabiliza a retomada do auxílio emergencial. A proposta prevê também protocolos de contenção de despesas públicas e uma série de medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior.
Freitas afirmou que deve apresentar na segunda-feira (8) uma minuta do relatório.
G1
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