O ex-ministro José Dirceu, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e outras 13 pessoas foram denunciados nesta quarta-feira (10) pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato.
Eles são acusados de crimes como formação de cartel, corrupção, lavagem de dinheiro e fraude à licitação envolvendo 49 contratos de empresas com a estatal.
Esta denúncia foi a primeira desde que parte dos procuradores da força-tarefa passaram a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no início deste mês.
Segundo os procuradores, o esquema ilícito envolveu pagamentos de propinas por representantes das empresas Hope Recursos Humanos e Personal Service Recursos Humanos e Assessoria Empresarial em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras.
O G1 tenta contato com a defesa dos citados. Dirceu e Duque já foram condenados em outros processos da Lava Jato.
A denúncia afirma que acordos de delação premiada de operadores financeiros apontam que o grupo recebeu pelo menos R$ 18 milhões para beneficiar a Personal em 40 contratos pela diretoria de Serviços da estatal - comandada por Duque.
Os procuradores indicam que os envolvidos também receberam pelo menos R$ 30 milhões para beneficiar a empresa Hope em nove contratos com a Petrobras no valor total de R$ 1,8 bilhão.
Conforme o MPF, ao menos 24 licitações públicas do Sistema Petrobras no Brasil, ocorridas entre 2002 e 2014, foram afetadas pelas práticas ilícitas denunciadas.
O Globo
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