O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que "se Deus quiser" o deputado Arthur Lira (PP-AL) será eleito para a presidência da Câmara. Bolsonaro também defendeu o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em meio a especulações sobre a demissão dele.
As declarações ocorreram durante cerimônia em Propriá (SE) para a inauguração de uma ponte ligando o Sergipe a Alagoas. Aproveitando o fato de estar ao lado do estado de Lira, declarou sua torcida ao parlamentar de forma enfática:
— Amigos de Sergipe, amigos de Alagoas, se Deus quiser, teremos o segundo homem na linha hierárquica do Brasil, eleito aqui no Nordeste, pela Câmara dos Deputados. O deputado Arthur Lira. Se Deus quiser, o nosso presidente.
A eleição na Câmara ocorre no próximo dia 1º. Lira é o candidato apoiado pelo Palácio do Planalto, enquanto Baleia Rossi (MDB-SP) tem o apoio do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e por parte da oposição.
Ao mesmo tempo, Bolsonaro deu nesta quinta-feira uma demonstração de prestígio a Ernesto, ao levar o ministro para uma viagem sem relação com a sua pasta. Na véspera, o vice-presidente Hamilton Mourão citou a possibilidade de Ernesto ser demitido em uma eventual reforma ministerial após as eleições na Câmara e no Senado.
— E também (está presente) um ministro muito criticado. Eu sempre digo, se ministro meu for elogiado pela mídia, ele corre o risco de ser demitido. Sem querer generalizar a nossa mídia. Temos bons jornalistas. Mas os figurões da mídia o tempo todo criticam o nosso Ernesto Araújo. O nosso homem que faz as relações públicas com o mundo todo.
Também presente no evento, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas reforçou os elogios ao colega. Ernesto não discorsou.
— Meu caro Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, que tem se dedicado muito à questão das vacinas atualmente. Parabéns pelo grande trabalho, pelo esforço.
O ex-presidente e atual senador Fernando Collor (PROS-AL) também participou da inauguração. Em seu discurso, defendeu Bolsonaro de críticas e disse que ele conta com o apoio tanto da opinião pública quanto da "classe política". Collor disse que o presidente enfrenta uma "tempestade em função do nada", em possível referência às críticas pelos gastos do governo federal com alimentação.
— É uma chuva que rapidamente vai passar, porque o capote de vossa excelência é muito robusto. É o capote que tem o apoio copioso da população brasileira e o apoio fundamental da classe política brasileira, que no Congresso Nacional lhe dará sustentação.
O Globo
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