O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta segunda-feira que quem decide se um povo vive sob uma democracia ou uma ditadura são as Forças Armadas do país. Ele disse que o Brasil ainda tem liberdade, mas que "tudo pode mudar" se a população não reconhecer o valor dos militares. As declarações foram feitas em conversas com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nesta manhã.
Bolsonaro fez a declaração quando comentava sobre o fornecimento de oxigênio da Venezuela para Manaus" e apontou que trata-se de uma oferta da empresa multinacional brasileira White Martins, também presente no país vizinho. Ele então criticou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
— Agora, se o Maduro quiser fornecer oxigênio para nós, vamos receber, sem problema nenhum. Agora, ele poderia dar auxílio emergencial para o seu povo também, né? O salário mínimo lá não compra meio quilo de arroz. Não tem mais cachorro lá, por que será? Alguma peste? Comeram os cachorros todos. Comeram os gastos todos. E vem uns idiotas, eu vejo aí, elogiando 'olha o Maduro, que coração grande ele tem'. Realmente, daquele tamanho, 200 quilos, dois metros de altura, o coração dele deve ser muito grande. Nada mais além disso — afirmou, arrancando risadas de simpatizantes.
O presidente ponderou em seguida que "o pessoal parece que não enxerga o que o povo passa, para onde querem levar o Brasil", apontando o socialismo como objetivo de seus opositores, apesar de a implantação do sistema de governo não constar dos programas da grande maioria dos partidos de esquerda do país.
— Por que sucatearam as Forças Armadas ao longo de 20 anos? Porque nós, militares, somos o último obstáculo para o socialismo. Quem decide se um povo vai viver na democracia ou na ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não apoiam. No Brasil, temos liberdade ainda. Se nós não reconhecermos o valor destes homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar — declarou.
Em seguida, ele levantou a hipótese de o candidato do PT nas eleições de 2018, Fernando Haddad, ter sido eleito no seu lugar e questionou como estariam as Forças Armadas neste caso. Bolsonaro conjecturou ainda quem seria o ministro da Defesa no eventual governo do petista, citando três opções: o fundador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, o ex-líder do movimento José Rainha, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, o petista nunca deu nenhuma indicação publica de que esses nomes poderiam ser indicados para o ministério.
O Globo
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