Ao comentar a investigação contra seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o presidente Jair Bolsonaro colocou em dúvida a imparcialidade do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). As declarações foram dadas em transmissão ao vivo feita via redes sociais na sexta-feira (31) à noite.
Flávio foi denunciado pelo MP-RJ em 3 de novembro por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa num processo que apura se ele se beneficiou de um esquema de "rachadinha" em seu antigo gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). O esquema acontece quando um servidor ou político fica com parte do salário de um funcionário do gabinete.
Ao falar sobre o caso, Bolsonaro questionou se o MP-RJ investigaria o filho de um integrante da cúpula da instituição supostamente acusado de tráfico de drogas. Segundo o presidente, trata-se de um "caso hipotético". "O que aconteceria, MP do Rio de Janeiro? Vocês aprofundariam a investigação ou mandariam o filho dessa autoridade para fora do Brasil e procurariam maneira de arquivar esse inquérito."
O presidente prosseguiu: "Caso hipotético, vamos deixar claro. Caso um filho de uma autoridade entrasse num inquérito da Polícia Civil do Rio e aí um delator tivesse falado que ele participava de tráfico internacional de drogas. O que aconteceria?".
Bolsonaro também falou sobre Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio apontado como operador do esquema e preso desde 19 de junho. "Quase todo dia tocam nesse assunto. Se ele errou, pague por seu crime."
Até o fechamento desta reportagem, o MP-RJ não foi localizado para responder aos comentários.
R7
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