O presidente Jair Bolsonaro não descartou nesta terça-feira (24) uma nova prorrogação do auxílio emergencial, ajuda paga pelo governo federal aos vulneráveis até o final do ano como forma de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
"A gente se prepara para tudo, mas tem que esperar as coisas acontecerem. [...] Esperamos que não seja necessário", disse o presidente em um vídeo editado publicado nas redes sociais após ser questionado por apoiadores a respeito da possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial, que já foi estendido uma vez
"Espero que não seja necessário porque é sinal de que a economia vai pegar e não teremos novos confinamentos no Brasil", acrescentou. "A gente espera que não seja necessário e que o vírus esteja realmente de partida no Brasil, tá okay?", emendou.
Nos primeiros meses da pandemia, o governo custeou um auxílio no valor de R$ 600 mensais para autônomos, desempregados e microempreendedores de baixa renda. A partir de setembro, o valor foi reduzido para R$ 300. Publicamente, o presidente sempre tem alertado para o impacto da ajuda nas contas públicas brasileiras e que um dia esse suporte vai ter que acabar.
A IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão vinculado ao Senado, calcula que uma prorrogação, por quatro meses do auxílio emergencial, no valor de R$ 300, para cerca de 25 milhões de pessoas custaria aos cofres públicos cerca de R$ 15,3 bilhões.
Mais cedo, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou que ação do governo em caso de uma nova onda de coronavírus será "em escala muito menor" e disse existir espaço "praticamente zero" para a prorrogação do benefício.
"Sempre considerando que recurso é muito escasso. Já era escasso antes e agora é praticamente zero de espaço. Aprender e agir, é claro que provavelmente se tiver vai ser algo em escala muito menor", comentou Funchal.
R7, com Reuters
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