A cúpula do G20 chegou ao fim neste sábado, no Japão, com um pronunciamento dos países participantes "em favor dos fundamentos do livre-comércio" e do "crescimento econômico".
"Nós, os líderes do G20, nos reunimos em Osaka, no Japão, em 28 e 29 de junho de 2019, para fazer esforços conjuntos para enfrentar os principais desafios econômicos globais. Trabalharemos juntos para promover o crescimento econômico global, ao mesmo tempo em que aproveitaremos o poder da inovação tecnológica, em particular a digitalização, e sua aplicação para o benefício de todos", diz o texto divulgado ao final do evento.
Os líderes do G20 "estiveram de acordo na sua determinação em favorecer o crescimento econômico" e mostraram sua "ansiedade e descontentamento no contexto da globalização" e pelo "sistema comercial global", disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ao final do encontro, que durou dois dias na cidade de Osaka.
Segundo ele, o grupo "foi capaz de reafirmar os fundamentos do livre-comércio", destacando o apoio do G20 para "conseguir mercados abertos, livres e não discriminatórios" e "um campo justo". "É difícil encontrar uma solução para tantos desafios globais de uma só vez, mas conseguimos mostrar uma vontade comum em muitas áreas", afirmou o premier japonês.
CLIMA
Depois de muita discussão, o Grupo dos 20 também concordou, no sábado, em discordar sobre o combate às mudanças climáticas, com os Estados Unidos permanecendo à parte do compromisso de cumprir o acordo de 2015 sobre as mudanças climáticas em Paris. Em comunicado, o grupo disse que "os signatários do Acordo de Paris" reafirmaram seu compromisso com a implementação total, referindo-se aos 19 membros, exceto os EUA.
O presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo marco para limitar os efeitos da mudança climática. Mesmo antes do início da cúpula, as diferenças em relação à mudança climática se tornaram aparentes quando o presidente Emmanuel Macron disse que a França não aceitaria um texto final que omitisse o pacto de Paris.
Nesse acordo, 200 nações concordaram em limitar o aumento médio global das temperaturas pré-industriais para abaixo de 2°C. As políticas atuais colocam o mundo no caminho para um aumento de pelo menos 3°C até o final do século, informou a ONU, em elatório de 2016.
O Globo
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