O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) caminhou pelo quarto do hospital Albert Einstein, em São Paulo, na tarde desta sexta-feira (25) após ter feito uma cirurgia para retirada de cálculo da bexiga.
Segundo boletim médico divulgado às 17h30, o presidente apresenta "ótima evolução clínica".
"Segue sem intercorrências, afebril e em uso de sonda vesical, sem sangramentos. Iniciou dieta oral e caminhou no quarto', diz o boletim assinado pelos médicos Leandro Santini Echenique, cardiologista, Leonardo Lima Borges, urologista, e Miguel Cendoroglo, Diretor-Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein.
A cirurgia durou cerca de 1 hora de 30 minutos, e o cálculo foi totalmente removido, segundo o hospital.
A assessoria do hospital não informou sobre a previsão de alta. Pacientes que são submetidos a esse tipo de procedimento costumam ficar internados por até 48 horas.
Segundo o primeiro boletim médico divulgado pelo hospital após o término da cirurgia, na manhã desta sexta, Bolsonaro "foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga". "O procedimento foi realizado sem intercorrências", diz o boletim.
Considerada de baixo risco, a cirurgia precisou de anestesia geral e foi realizada pelo médico urologista Leonardo Borges. Um cardiologista acompanhou o procedimento. Bolsonaro estava em São Paulo desde o início da noite desta quinta-feira (24) para passar pela cirurgia.
Pedra 'maior que um grão de feijão'
Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada no último dia 1º, Bolsonaro disse que tinha o cálculo havia mais de cinco anos. Segundo o presidente, a pedra estava na bexiga e é maior do que um grão de feijão. A estimativa é que tivesse entre 2,5 e 3 cm.
Médicos urologistas explicam que a pedra na bexiga costuma vir do rim, mas também pode se formar na própria bexiga e pode provocar dores para urinar e, em alguns casos, sangramento.
O urologista George Tormim Borges Júnior diz que é possível o paciente conviver com a pedra na bexiga por muito tempo, mas chega um momento em que ela aumenta de tamanho e passa a incomodar muito.
“Com o passar do tempo, ela, dentro da bexiga, se infecta e vai aumentando o tamanho progressivamente. A gente vê casos que a pessoa passa vários anos com aquele cálculo incomodando pouco. Depois de algum tempo, passa a incomodar mais porque, na hora da micção, ele obstrui a urina sair”, explica.
Seis cirurgias em dois anos
Desde que sofreu uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais, em setembro de 2018, Bolsonaro foi submetido a seis cirurgias - quatro delas relacionadas ao ferimento, além de uma vasectomia feita em janeiro deste ano e a cirurgia para retirar o cálculo na bexiga nesta sexta.
A necessidade da operação desta sexta já havia sido mencionada pelo presidente anteriormente, em setembro.
Veja um resumo dos procedimentos aos quais Bolsonaro foi submetido desde a campanha:
Boletim Médico
Veja a íntegra do boletim médico divulgado na tarde desta sexta-feira:
"O Excelentíssimo Presidente da República Jair Bolsonaro apresenta ótima evolução clínica após a intervenção cirúrgica realizada hoje pela manhã. Segue sem intercorrências, afebril e em uso de sonda vesical, sem sangramentos. Iniciou dieta oral e caminhou no quarto.
Dr. Leandro Santini Echenique, cardiologista
Dr. Leonardo Lima Borges, urologista
Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor-Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein"
G1
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