O presidente Jair Bolsonaro deu entrada na manhã desta sexta-feira no Hospital Albert Einstein. O presidente passará por um procedimento cirúrgico para a retirada de cálculo da bexiga.
Ele é acompanhado por dois médicos, o cardiologista Leandro Echenique e o urologista Leonardo Lima Borges. O presidente já havia dito em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada que possui o cálculo há mais de cinco anos. De acordo com ele, a pedra tem entre 2,5 e 3cm.
Segundo o boletim médico, o procedimento ao qual o presidente será submetido e´chamado de Cistolitotripsia endoscópica a laser sob anestesia. Ele é considerado simples.
Segundo o urologista Rafael Buta, ouvido pelo GLOBO, o cálculo na bexiga se forma quando existe alguma obstrução na via de saída da bexiga.
— Forma-se essa pedra, é uma pedra. Se a gente pega ela, é dura. O cálculo pode causar dor ao urinar, piora o fluxo da urina e até sangramento — afirmou.
Entenda o procedimento
De acordo com Buta, o procedimento ao qual o presidente será submetido é utilizado para cálculos menores. Um tubo flexível com uma câmera na ponta entra pelo canal da uretra e segue até a bexiga do presidente.
Uma vez na bexiga, com o uso da câmera, a pedra é identificada e fragmentada com laser. O laser divide a pedra em fragmentos menores, que posteriormente são retirados. Todo o procedimento é considerado simples e costuma demorar cerca de uma hora.
Segundo o presidente, ele já apresenta esse cálculo na bexiga há 5 anos. De acordo com o urologista Rafael Buta, isso é possível de acontecer, mas o médico diz que a presença pode vir a ser bastante desconfortável.
—A bexiga é como um balão, uma bexiga de festa. É como colocar dentro uma bolinha e encher o balão de ar. A bolinha vai tampar a saída. No corpo humano, é quando está urinando. É desconfortável — disse.
Outras cirurgias
Desde que sofreu uma facada, ainda durante a campanha à Presidência, em Juiz de Fora (MG), o presidente Jair Bolsonaro já passou por cinco cirurgias. A primeira dela ocorreu logo depois da facada, ainda na cidade mineira.
Já em São Paulo, o presidente passou por uma cirurgia de desobstrução do intestino. Após a posse, em janeiro, realizou mais um procedimento, para retirar a bolsa de colostomia colocada após a facada.
Por fim, para corrigir uma hérnia causada por uma das operações anteriores, uma consequência comum em operações no intestino, o presidente passou por um novo procedimento em setembro do ano passado.
Em janeiro deste ano, o presidente foi internado para a realização de exames e realizou também uma vasectomia, cirurgia para homens que não desejam ter mais filhos. Essa cirurgia não foi confirmada oficialmente pelo Palácio do Planalto.
O Globo
Portal Santo André em Foco
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