O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (17) considerar "inadmissível" que se perca o ano letivo, e disse ter pedido ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, que prepare orientações para o retorno das aulas no país.
Em transmissão por redes sociais, Bolsonaro criticou novamente o fato de os alunos ficarem em casa e defendeu reabertura dos estabelecimentos de ensino, apesar de especialistas alertarem para os riscos de aumento da disseminação da covid-19 nas escolas.
"Só está faltando nós", disse ele, em linha com o que disse na véspera durante a solenidade de efetivação do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Contudo, Bolsonaro ressalvou que a decisão de se reabrir estabelecimentos de ensino não é do governo federal, mas de Estados e municípios.
O presidente criticou sindicatos de professores no Brasil, que, em sua opinião, seriam de pessoas de esquerda. Disse ainda que eles teriam interesse em colaborar com que os estudantes não aprendam ou se instruam, sem comprovar essas alegações.
A despeito da pressão, o governo federal tem passado praticamente ao largo desde o início da pandemia de um debate nacional sobre o retorno dos estabelecimentos de ensino.
Depoimento
Jair Bolsonaro também elogiou a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), de suspender a tramitação do inquérito que investiga acusação do ex-ministro Sergio Moro de que o presidente tentou interferir na Polícia Federal, e atacou novamente o ex-ministro.
Em transmissão pelas redes sociais, Bolsonaro disse que agora caberá ao plenário do Supremo decidir se o depoimento que ele próprio deverá prestar será presencial ou por escrito, e que caberá ao presidente do STF, Luiz Fux, pautar o caso para se chegar a uma decisão.
Segundo o presidente, Moro não tem nada a perguntar para ele. Disse ainda que espera "enterrar logo" o caso e acabar com o que chamou de farsa. "Ele está de brincadeira esse Sergio Moro, mas tudo bem", criticou.
Reuters
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