O procurador-geral da República, Augusto Aras, deve anunciar nesta quarta-feira (9) sua posição favorável à prorrogação dos trabalhos da força- tarefa da Lava Jato em Curitiba. A expectativa, porém, é que ele promova ajustes no funcionamento da força-tarefa, cujo prazo de trabalho atual termina na quinta (10).
Segundo interlocutores de Augusto Aras, ele deve seguir o que já havia prometido para um grupo de senadores, de que manteria os trabalhos da Lava Jato, principalmente a Força Tarefa de Curitiba, alvo de críticas do próprio procurador-geral da República.
Aras critica o que classifica de atuação personalista dos procuradores que atuam na Lava Jato, sem seguir algumas regras comuns do Ministério Público. Ele costuma dizer que os procuradores têm autonomia, mas não podem trabalhar como se fossem de um õrgão autônomo.
Integrantes das forças tarefas em Curitiba, São Paulo e Rio têm reclamado de que estão sendo alvos de uma operação desmonte dos trabalhos de combate à corrupção. Nos últimos dias, Deltan Dallagnol deixou o comando da Lava Jato em Curitiba, procuradores da Força Tarefa em São Paulo pediram demissão coletiva e o coordenador da Operação Greenfield, Anselmo Cordeiro Lopes, também pediu para deixar o posto.
Os procuradores da Lava Jato acreditam que os trabalhos da operação serão mesmo prorrogados, mas temem os ajustes que venham a ser feitos, que podem retirar os poderes deles no combate à corrupção.
Na semana passada, a conselheira Maria Caetana Cintra dos Santos, do Conselho Superior do Ministério Público Federal, chegou a prorrogar por mais um ano a Força Tarefa em Curitiba, atendendo a um pedido dos próprios procuradores. A decisão foi em caráter liminar e precisa ser submetida ao conselho, que volta a se reunir agora só em outubro.
Interlocutores do procurador-geral da República defendem, porém, que essa era uma decisão dele e que deve ser anunciada ainda hoje.
G1
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