O presidente Jair Bolsonaro assinou, em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (6), uma medida provisória que libera R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção de 100 milhões de doses da chamada "vacina de Oxford" contra o novo coronavírus.
A abertura desse crédito extraordinário segue agora para análise do Congresso Nacional, que terá até 120 dias para aprová-lo. Por se tratar de uma medida provisória, o dinheiro fica liberado assim que o texto for publicado no "Diário Oficial da União".
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade de Lima, participaram da cerimônia de assinatura.
Como a vacina elaborada pela Universidade de Oxford ainda está em fase de testes, o Brasil assume parte dos riscos tecnológicos relativos ao desenvolvimento do produto.
A expectativa do governo é que, caso a vacina em estudo seja eficaz, uma campanha de vacinação contra a Covid-19 possa ser realizada em 2021.
Para o governo, o risco relacionado à eficácia da vacina é necessário devido à “urgência pela busca de uma solução efetiva para a manutenção da saúde pública e para a retomada” das atividades econômicas.
A transferência de tecnologia e formulação, o envase e o controle de qualidade será feito por contrato entre Fiocruz e a empresa farmacêutica AstraZeneca – que, em parceria com a Oxford, realiza as pesquisas.
Na cerimônia, Bolsonaro afirmou que a vacina pode ser "uma realidade" em dezembro ou janeiro – e que, semanas depois, o "problema estará vencido".
"Talvez dezembro, janeiro, exista a possibilidade da vacina, e daí esse problema estará vencido, poucas semanas depois. O que é mais importante é que junto com esta vacina, diferente daquela outra que um governador acertou com outro país, venha a tecnologia para nós. Temos como dizer que fizemos o possível e o impossível para salvar vidas, apesar daqueles que teimam em dizer o contrário", declarou.
De acordo com o Ministério da Saúde, o valor será gasto desta forma:
A pesquisa de vacina da Universidade de Oxford é considerada uma das mais promissoras até o momento.
Segundo o Ministério da Saúde, em boletim divulgado nesta quinta-feira (6), 98.493 pessoas morreram de Covid-19 no Brasil. A pasta contabiliza, ao todo, 2.047.660 casos de infecção pelo novo coronavírus registrados no país.
G1
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