O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (23) que o país não aguenta mais um eventual aumento da carga tributária, em meio a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que eleva de 10% para 23% o repasse da União para custear o Fundeb, fundo de financiamento da educação básica no país.
O presidente afirmou que "toparia passar para 40% ou 80%", caso tivesse receita orçamentária para isso. "Se passa 40%, teríamos que criar duas CPMFs", avaliou.
Em transmissão por meio das redes sociais, Bolsonaro disse que o percentual aprovado do Fundeb "ficou de bom tamanho" e destacou que acertou "lá atrás" com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a não elevação da carga tributária do país.
"A gente espera que a economia pegue, porque senão o brasileiro não tem como aguentar mais carga tributária, impossível, isso aí está acertado com Paulo Guedes lá atrás não ter aumento da carga tributária", afirmou.
O presidente disse que é preciso saber de onde vai sair recursos para pagar essa elevação das despesas decorrente do aumento da fatia da União para bancar o Fundeb e instou o Congresso a ajudar nessa tarefa. O fundo é uma das principais fontes de financiamento da educação pública de Estados e municípios.
Bolsonaro disse que o Fundeb é mais uma despesa obrigatória e que é preciso solucionar esse problema sério a partir das reformas. Ele citou a reforma tributária e repetiu que o Brasil é um dos piores países para investir. Nesta semana, o governo apresentou ao Congresso parte de sua proposta para essa reforma.
Na transmissão, o presidente voltou a elogiar Guedes, dizendo que ele é o seu "Posto Ipiranga" e que pouquíssima coisa discorda dele.
Reuters
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