O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) impediu na manhã desta terça-feira (21) o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP).
O mandado judicial foi expedido em mais uma fase da Operação Lava Jato. A ação desta terça apura suspeitas de caixa 2 pelo senador nas eleições de 2014. De acordo com as investigações, a campanha do tucano recebeu R$ 5 milhões que não foram contabilizados.
De acordo com a assessoria de imprensa da presidência do Senado, a decisão de impedir o prosseguimento das buscas veio após consulta à Advocacia Geral do Senado.
Na avaliação da advocacia, o mandado, expedido por juiz de primeira instância, precisaria ter aval do Supremo Tribunal Federal (STF), o que não ocorreu.
A Polícia Federal pôde entrar no prédio do Senado onde fica o gabinete de Serra, mas, até a última atualização desta reportagem não tinha cumprido o mandado de busca e apreensão.
Ainda de acordo com a assessoria da presidência, a Advocacia Geral do Senado acionou o Supremo para que o tribunal decida se as buscas no gabinete podem prosseguir.
Foram expedidos mandados para serem cumpridos no gabinete de Serra no Senado, no apartamento funcional dele em Brasília e em dois imóveis do senador em São Paulo.
Segundo investigadores, o dinheiro não-contabilizado foi passado à campanha de Serra como doação e se originou de operações financeiras e societárias simuladas, para ocultar a fonte.
Em nota divulgada nesta manhã, o senador classificou as buscas como "espetacularização" e negou irregularidades.
G1
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