A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (16) uma ação com mandados de busca e apreensão contra o publicitário Sérgio Lima e o empresário Luís Felipe Belmonte. Os dois são ligados ao Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende criar. O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), bolsonarista, também foi alvo.
As buscas e apreensões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dentro do inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos. Moraes é o relator do caso.
Ao todo, são 21 mandados, e os alvos estão em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina.
O objetivo da ação desta terça, segundo os investigadores, é levantar provas sobre a organização dos atos e sobre quem os financia. Os atos atacaram e ameaçaram instituições como o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), o que é inconstitucional.
Outro alvo da operação desta terça é Allan Santos, dono do canal da internet "Terça Livre", também apoiador de Bolsonaro.
Alvos
Veja os alvos da operação desta terça confirmados até a última atualização desta reportagem:
O que dizem os investigados
Em uma rede social, o deputado Daniel Silveira disse que foi alvo dos mandados porque está "incomodando algumas esferas do velho poder".
Em um vídeo postado após a PF deixar sua casa, Allan dos Santos disse que seus advogados tentarão ter acesso aos autos do processo. Ele relatou que seu computador foi levado pela polícia.
Alberto Silva, em um vídeo na internet, afirmou ser "triste uma coisa dessas acontecer". "Qual é a tentativa? De calar? Essa é a tentativa? De calar as pessoas que estão falando do Supremo Tribunal Federal?", questionou. O youtuber finalizou o vídeo dizendo não ter nada a falar e que só quer "respostas sobre o que está acontecendo no Brasil".
O G1 busca contato com os demais alvos da operação.
Prisão na segunda-feira
Nesta segunda-feira (15), a extremista Sara Giromini foi presa em uma ação dentro do mesmo inquérito. Ela foi uma das coordenadoras de um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios. O grupo admitiu que tinha armas no acampamento e fez atos de ameaças ao Congresso Nacional e ao STF.
G1
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