Depois de receber críticas de setores da sociedade, a ideia de pacto entre chefes de Executivo, Legislativo e Judiciário foi adiada e não há previsão de um novo entendimento entre os três. A reunião prevista para hoje não acontecerá mais.
— Foi adiada a assinatura. Alguns pontos ainda por definir melhor — disse ao GLOBO o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros.
Durante solenidade, prevista para acontecer no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro, e os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), assinariam um protocolo em defesa de ideias comuns em relação a vários temas da agenda política brasileira, entre eles a reforma da Previdência.
A ideia foi recebida com reservas no Congresso e no STF. Numa entrevista dias depois do anúncio do pacto, o ministro Marco Aurélio disse que Toffoli não tinha procuração para falar em nome dos demais ministros do tribunal.
Mesmo com o adiamento, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu o pacto ontem, depois de se reunir com Bolsonaro na Granja do Torto.
— O pacto é um grande acordo no sentido de fazer com que, de maneira harmônica, os Poderes possam atuar e trabalhar sem haver interferência nenhuma de um no outro. Tudo no sentido de juntos fazermos um esforço nacional de resgatar o Brasil desse momento difícil.
O chefe da Casa Civil associou o pacto à criação de empregos e à recuperação econômica do país. A intenção, segundo Onyx, é assinar o texto “nesta semana ou na próxima”.
— O que é importante na vida das pessoas é o emprego, é o trabalho. E é isso que está angustiando todo mundo. Então vamos unir todos para que medidas possam ser tomadas nas mais diferentes áreas — disse Onyx.
O Globo
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