O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, afirmou ser "ultrajante e ofensivo" dizer que as Forças Armadas vão dar um golpe militar no país, mas ressaltou que o "outro lado" não pode "esticar a corda". Ele afirmou ainda não haver motivos para se cogitar um processo de impeachment no Congress ou afastamento do presidente Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ramos, que é general da ativa, afirmou em entrevista à "Veja" publicada nesta sexta-feira que esteve "disfarçado" na manifestação contra o racismo e o governo, em Brasília, no último domingo, e confirmou que depois de ter sido criticado por outros militares de alta patente por sua participação em um ato ao lado de Bolsonaro no mês passado, vai pedir a aposentadoria das Forças Armadas.
"É ultrajante e ofensivo dizer que as Forças Armadas, em particular o Exército, vão dar golpe, que as Forças Armadas vão quebrar o regime democrático. O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda", disse. O ministro se mostrou assustado com as faixas de protesto na manifestação com acusações de fascismo ao governo Bolsonaro.
O Globo
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