O procurador-geral da República, Augusto Aras, soltou uma nota neste domingo defendendo a estabilidade e o respeito à Constituição. O texto critica "as fake news que criam estados artificiais de animosidade entre as pessoas". O comunicado é assinado em conjunto com o presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados, Fabiano Dallazen.
O domingo foi marcado por atos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro. Em Brasília, apoiadores protestaram com críticas ao Supremo Tribunal Federa (STF) e ao Congresso, pedindo inclusive intervenção militar.
"A estabilidade da Nação depende do respeito à Constituição Federal por todos, especialmente pelos Poderes Constituídos. Nosso compromisso é com o Estado Democrático de Direito", diz a nota.
O comunicado assinado por Aras cita ainda o momento de calamidade que o país vive.
"Repudiamos atos que possam afetar o ambiente de normalidade institucional preservado desde a Lei Maior de 1988. Por isso, rejeitamos a intolerância, especialmente as fake news que criam estados artificiais de animosidade entre as pessoas, causando comoção social em meio a uma calamidade pública, com riscos de trágicas consequências para a povo", diz o comunicado.
O texto fala também sobre a preocupação do Ministério Público com o momento atual:
"O Ministério Público brasileiro está preocupado com este estado de coisas e cumprirá com os seus deveres constitucionais na salvaguarda da ordem jurídica que sustenta as instituições do país".
Além dos protestos a favor de Bolsonaro, houve, neste domingo, manifestações pró-democracia em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os atos foram organizados por torcedores de times de futebol como Corinthians, Flamengo e Atlético Mineiro.
O Globo
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