Depois de ter participado de manifestação no domingo em prol do fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, o presidente Jair Bolsonaro agora tenta reconstruir a relação com o presidente da Corte, Dias Toffoli. Bolsonaro encaminhou ao ministro uma mensagem contra a intervenção militar e os ataques à instituição. A informação foi noticiada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” nesta quarta-feira e confirmada pelo GLOBO.
“Aqueles que pedem intervenção militar (art. 142) ANTES devem decidir qual general ocupará a cadeira do Capitão Jair Bolsonaro”, diz o texto enviado pelo presidente ao ministro. “Aqueles que pedem AI-5 ANTES devem mostrar onde está na Constituição tal dispositivo”, prossegue.
O texto estimula que as pessoas vão às ruas, mas sem atacar instituições, mas pedindo mudanças. “Toda manifestação é justa e garantida em nossa CF [Constituição Federal], portanto vão para as ruas, mas tenham uma pauta real, objetiva, com foco na missão. Não ataquem Presidência, Supremo ou Congresso, mas aquilo que você julga que deve ser mudado. Exijam ações, cobrem votações, critiquem sentenças, vocês atingirão seus objetivos”, escreveu Bolsonaro.
Na mesma mensagem, o presidente pede a união de esforços, porque “o povo quer um Brasil diferente do que temos ainda”. Ele ainda recomenda o uso de “armas democráticas”. Na conclusão, Bolsonaro diz que todos podem contar com ele para “fazer tudo aquilo que for necessário para que nós possamos manter a nossa democracia e garantir aquilo que há de mais sagrado para nós, que é a nossa liberdade”.
Na terça-feira, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o STF abriu inquérito para apurar a organização dos atos de domingo, o que melindrou ainda mais a relação do tribunal com o Palácio do Planalto.
O Globo
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