Após o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, dar um tom de despedida à sua entrevista coletiva nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro começará na manhã desta quinta-feira a receber cotados para sucedê-lo a frente da pasta. O oncologista Nelson Teich será o primeiro a ser recebido pelo presidente. Auxiliares tem aconselhado Bolsonaro a ouvir alguns médicos antes de se decidir por quem comandará a área durante a crise do novo coronavírus. Cláudio Lottenberg, presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein, deve se encontrar com o presidente na sexta.
Teich desembarcará em Brasília de manhã. Além do presidente, deve ter conversas com os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), além do senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente. O GLOBO apurou que Teich será o único a ser recebido nesta quinta-feira.
O oncologista tem o apoio do secretário especial de Comunicação, Fabio Wajngarten, e do empresário Meyer Nigri, dono da construtora Tecnisa. A Associação Médica Brasileira também faz elogios ao oncologista. Ele também tem ligações com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Teich chegou a ser cotado para ocupar o ministério em 2018, mas Bolsonaro acabou optando por Mandetta.
Há aliados do presidente, porém, que defendem outros nomes. A cardiologista e pesquisadora Ludhmila Hajjar, diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia, teria o apoio do cirurgião Antonio Macedo, responsável pelas últimas cirurgias do presidente. Ela também teria o respaldo do procurador-geral da República, Augusto Aras. Aliados de Bolsonaro dizem que o presidente ficou empolgado com a história de uma das pacientes de Ludhmila Hajjar: Gina Dal Colleto, de 97 anos, que teve alta no domingo de Páscoa, após se curar da Covid-19.
Outro nome mencionado é o de Claudio Lottenberg, presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein.Ele também foi chamado para comparecer a Brasília e se reunir com o presidente. O encontro deve ocorrer na sexta-feira. Ele, porém, teria perdido pontos nas últimas conversas por comandar o LIDE Saúde, do grupo empresarial fundado pelo governador de São Paulo, João Doria - um dos principais adversários políticos de Bolsonaro na crise do coronavírus.
Também foi mencionado o nome de Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, como revelou a colunista Bela Megale. Ele tem relação próxima com Flávio Bolsonaro e trabalhou na equipe de transição de governo após a eleição do presidente.
Chegou a haver a defesa também que João Gabbardo dos Reis, número dois da pasta, fique por um tempo no comando. Ele afirmou na mesma entrevista coletiva que sairia junto com Mandetta, mas deixou aberta a possibilidade de ficar um tempo para uma transição.
O Globo
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