Mesmo sem a eficácia comprovada para tratamento do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro levou uma caixa de hidroxicloroquina para a reunião do G-20 que ocorreu nesta quinta-feira, 26, por videoconferência, para falar sobre a pandemia. Em imagens divulgadas pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro aparece segurando uma caixa de Reuquinol. Ele estava ao lado do chanceler Ernesto Araújo.
Na quarta-feira (25), por meio das redes sociais, Bolsonaro voltou a dizer que o tratamento com fármacos como a hidroxicloroquina tem mostrado eficácia e pode trazer tranquilidade à população.
O primeiro estudo clínico do País a testar o uso do medicamento para tratamento de infecção pelo coronavírus, no entanto, só terá seus resultados divulgados em dois ou três meses. O estudo envolverá 1,3 mil pacientes e 70 hospitais.
Nas redes sociais, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou o anúncio de que a pasta vai distribuir 3,4 milhões de unidades dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina para uso em pacientes internados de forma grave. Mandetta ponderou que a automedicação não deve ocorrer "em hipótese alguma". Em alguns países, como Estados Unidos e Nigéria, foram registrados casos de pessoas que se intoxicaram após se automedicarem com o fármaco.
Em nota, no início da semana, a Anvisa informou que toda prescrição de medicamento à base de cloroquina ou hidroxicloroquina precisa ser feita em receita especial de duas vias. A nova regra incluiu esses medicamentos na lista de substâncias controladas. A entrega ou venda do medicamento nas farmácias e drogarias só poderá ser feita para pessoas com a receita especial, para que uma via fique retida na farmácia e outra com o paciente.
Agência Estado
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