O presidente Jair Bolsonaro informou nesta sexta-feira (13), por meio de suas redes sociais, que o exame a que se submeteu para detectar a presença do novo coronavírus deu negativo.
Bolsonaro fez o exame nesta quinta (12), mesmo dia em que o secretário de Comunicação Social do governo, Fábio Wajngarten, fez um teste que deu positivo para o novo coronavírus. Em um vídeo transmitido ao vivo em uma rede social na noite de quinta, o presidente apareceu usando máscara.
Fábio Wajngarten integrou a comitiva brasileira que acompanhou Bolsonaro, nesta semana, em viagem à Flórida (EUA). Outros membros da comitiva também fizeram o teste. O grupo teve encontros com o presidente norte-americano, Donald Trump, que participou de um jantar com Bolsonaro e integrantes da comitiva. Wajngarten chegou a posar para fotos ao lado do mandatário dos Estados Unidos.
Nesta quinta, após saber da confirmação da presença do coronavírus em integrante da comitiva brasileira, Trump afirmou não estar preocupado pelo fato de Jair Bolsonaro estar sob monitoramento do vírus.
"Jantamos juntos em Mar-a-Lago, na Flórida, com a delegação inteira. Não sei se o assessor de imprensa [Wajngarten] estava lá. Se estava, estava. Mas não fizemos nada fora do usual. Sentamos perto por algum tempo, tivemos uma ótima conversa", afirmou Trump. "Acredito que [os integrantes da comitiva] estejam sendo testados agora. Deixa eu colocar da seguinte maneira: não estou preocupado", acrescentou.
Além de Jair Bolsonaro, a família dele, políticos e membros do governo que viajaram para os Estados Unidos no último sábado (7) fizeram exames para identificar se contraíram o novo coronavírus.
Pelas redes sociais, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ministro Augusto Heleno (GSI) e o deputado Eduardo também informaram que seus testes deram negativo.
Casos no Brasil
Na sexta-feira passada (6), quando o Brasil tinha 13 casos confirmados da doença — nesta quinta-feira (12) o Ministério da Saúde confirmava 77 casos —, Bolsonaro afirmou em um pronunciamento na TV que, ainda que a crise do novo coronavírus pudesse se agravar, "não há motivo para pânico".
Nesta quinta, Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional de TV. Na fala, o presidente disse que, embora as manifestações marcadas para o próximo dia 15 sejam "legítimas e espontâneas", devem ser repensadas porque não se pode colocar a saúde da população em risco.
Nesta semana, Bolsonaro afirmou, em Miami, que o "poder destruidor" do coronavírus "está sendo superdimensionado", "talvez (...) por questões econômicas". Ele também chegou a dizer, na terça-feira (10), que a "questão do coronavírus" não é "isso tudo" e que se trata muito mais de uma "fantasia" propagada pela mídia no mundo todo.
Bolsonaro também afirmou, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar na última quarta-feira (11) pandemia para a covid-19, que "até o momento, outras gripes mataram mais" que o novo coronavírus. "Eu não acho... eu não sou médico. Eu não sou infectologista. O que eu ouvi até o momento [é que] outras gripes mataram mais do que essa", declarou
G1
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