Novembro 22, 2024

Bolsonaro diz que seria 'ditador' se vencesse todas as pautas no Congresso Featured

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, quinta-feira, que é bom que o governo não vença todas as pautas na Câmara de Deputados e no Senado, porque neste caso ele "não seria um presidente, seria um ditador". A declaração foi dada em transmissão ao vivo nas redes sociais, ao comentar a decisão do Congresso de tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) do Ministério da Justiça e devolvê-lo ao Ministério da Economia , na votação da medida provisória (MP) 870, que reestruturou o governo, reduzindo de 29 para 22 ministérios.

— Nós não podemos ganhar tudo na Câmara e no Senado. Não existe. Até é bom que não ganhe. Passaria a ser um presidente que não seria presidente, seria um ditador. Tudo que ele manda é aprovado, como acontece no parlamento cubano. Lá 612 parlamentares. É impressionante. Se reúnem poucas vezes por ano, e tudo é aprovado.

O presidente reafirmou que partiu dele a decisão de pedir que sua base no Senado votasse o texto conforme aprovado na Câmara para não correr o risco da reforma administrativa perder o prazo e ser invalidada.

— Deixa o Coaf longe do Moro e perto lá do Ministro Paulo Guedes. Ninguém perdeu nada com isso — disse o presidente. — O Coaf continua com o governo. Ou alguém acha que o Paulo Guedes vai ser uma pessoa que, em precisando de dados lá na Justiça, não vai fornecer? Ele vai fornecer. Sem problema nenhum — garantiu.

Bolsonaro saiu em defesa da deputada Aline Sleutjes (PSL-PR) e da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que passaram a se criticadas pela votação da MP 870. As duas estavam ao lado dele na transmissão ao vivo. Ele classificou as críticas como "um verdadeiro massacre de pessoas"

O presidente justificou que a primeira faltou à votação na Câmara por estar em viagem à China com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. A segunda, disse, apoiou a ida do Coaf para a Economia a pedido dele.

— Se alguém errou fui eu. Se bem que não errei também. Pedi que a MP prosseguisse sem acolhimento qualquer emenda se não perderíamos toda a reforma — disse o presidente.

Bolsonaro pediu que os apoiadores não façam julgamentos de imediato. Segundo ele, as críticas fazem parte de uma minoria.

— Nós estamos aqui, eu principalmente, para ser criticado ou elogiado. Não tem problema nenhum — disse.

O Globo
Portal Santo André em Foco

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