Novembro 25, 2024

'Eu já fui várias vezes', diz Bolsonaro sobre visitas à prisão Featured

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que já foi várias à prisão. A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre a revelação feita pelo vereador Ítalo Ciba (Avante), do Rio de Janeiro. Em entrevista ao GLOBO, o parlamentar contou que o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente, o visitou na prisão "mais de uma vez". Na época, Ciba, que é sargento da PM, estava preso com o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, morto em operação da PM da Bahia no dia 9 de fevereiro.

— Bota aí: eu já fui várias vezes ao BEP, Batalhão Especial Prisional lá do Rio de Janeiro. Eu já fui ao presídio da Marinha no passado também — disse Bolsonaro.

O senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) também se manifestou, através de uma rede social. A exemplo do pai, Flávio declarou ter visitado "inúmeras vezes" o Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar. De acordo com Flávio, o ex-capitão Adriano Nóbrega e outros policiais "estavam presos injustamente" à época.

"Visitei inúmeras vezes o Batalhão Prisional da PM (BEP) para ouvir PMs presos injustamente. Vários foram inocentados e voltaram para seus batalhões, trabalhando desmotivados porque foram abandonados pela Corporação quando mais precisavam", escreveu o senador.

Sempre defendi os direitos dos policiais. Visitei inúmeras vezes o Batalhão Prisional da PM (BEP) para ouvir PMs presos injustamente. Vários foram inocentados e voltaram para seus batalhões, trabalhando desmotivados porque foram abandonados pela Corporação quando mais precisavam.

— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) February 20, 2020

Sempre dei apoio a policiais presos injustamente e seus familiares, como quando levei a Defensoria Pública para dentro do BEP, ou na comissão especial que presidi na Alerj para reintegrar PMs excluídos injustamente. Foram INÚMEROS reintegrados pelo meu trabalho à época.

— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) February 20, 2020

Em outra publicação, Flávio frisou que a homenagem ao ex-capitão Adriano e a outros PMs de sua guarnição ocorreu há 15 anos, e argumentou que todos estariam "presos injustamente acusados de matarem um flanelinha". "Tanto que, logo após, foram absolvidos pois tratava-se de um perigoso traficante que tentou matar policiais", escreveu Flávio.

Questionado pelo GLOBO sobre as visitas, Flávio havia respondido na quarta-feira, através de nota, que esteve apenas uma vez na cadeia, em 2005, para ver Adriano e entregar a medalha Tiradentes — maior honraria concedida pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). “Não há nenhuma relação de Flávio Bolsonaro ou da família com Adriano”, diz a nota.

O atual vereador Ítalo Ciba integrava, em 2003, o Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 16º BPM (Olaria), comandado por Adriano. Segundo ele, o ex-capitão do Bope frequentava o gabinete de Flávio quando era deputado estadual a convite de Fabrício Queiroz, ex-chefe da segurança de Flávio. O senador vem dizendo que sua relação com Adriano se resumiu a reconhecer seu trabalho contra o crime no Rio.

O Globo
Portal Santo André em Foco

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