Janeiro 31, 2025
Arimatea

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Um total de 956 das mais de 2,4 mil pessoas detidas durante os protestos contra a contestada reeleição do presidente Nicolás Maduro, em julho, foram soltas antes do Natal na Venezuela, informou o Ministério Público (MP) venezuelano nesta segunda-feira (23), após anunciar 223 novas libertações.

"Ao longo do dia de hoje, em coordenação com os tribunais penais, foi revisto um novo grupo de casos", informou, em um comunicado, o MP, que inciou a revisão das prisões no mês passado.

Durante a manhã de segunda, foram emitidas 177 libertações e ao longo da tarde, 46, elevando o número a "956 solturas realizadas no marco do devido processo, garantido pela Constituição da República", acrescentou o MP.

Familiares e amigos dos detidos protestam e fazem vigílias há semanas pedindo as libertações antes do Natal.

Na sexta-feira (20), foram anunciadas 200 libertações, que se somaram às 179 realizadas durante a semana, e mais de 300 desde novembro. Entre os quase mil libertos, há adolescentes, embora as autoridades não tenham detalhado quantos.

A ONG Foro Penal, que defende "presos políticos", contava antes de sexta-feira cerca de 330 e continuava contabilizando.

A organização registrou 164 detenções de adolescentes no âmbito dos protestos e, segundo seus registros, a maioria dos libertos tinham medidas cautelares.

As mais de 2,4 mil pessoas presas nas horas seguintes à proclamação da vitória de Maduro para um terceiro mandato de seis anos foram acusadas de terrorismo, incitação ao ódio e foram levadas a prisões de segurança máxima.

Os protestos foram realizadas depois que a oposição liderada por María Corina Machado assegurou que seu candidato, Edmundo González, venceu as eleições e não Maduro, cuja vitória não foi reconhecida por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.

Muitos foram presos sem ordem de captura, segundo familiares e ONGs, que também denunciam maus-tratos e torturas.

Três dos detidos - com 36, 43 e 44 anos - morreram sob custódia das autoridades. Familiares também reportaram tentativas de suicídio. Os protestos também deixaram 28 mortos e quase 200 feridos.

France Presse
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A Taça Conmebol Libertadores já tem os 47 participantes da edição de 2025 definidos. Blooming, da Bolívia, e Atlético Nacional, da Colômbia, garantiram as últimas duas vagas que restavam e fecham a lista para o torneio que começa no dia 5 de fevereiro para os confrontos da primeira fase prévia. O sorteio da fase de grupos está marcado para 19 de março, enquanto as disputas dessa etapa se iniciam no dia 2 de abril.

Confira a lista final de classificados de cada país:

  • ARGENTINA - Racing, Estudiantes, Vélez Sarsfield, Talleres, River Plate, Central Córdoba e Boca Juniors
  • BOLÍVIA - San Antonio Bulo Bulo, Bolívar, The Strongest e Blooming
  • BRASIL - Flamengo, Botafogo, Palmeiras, Internacional, Fortaleza, São Paulo, Corinthians e Bahia
  • CHILE - Colo Colo, Universidad de Chile, Deportes Iquique e Ñublense
  • COLÔMBIA - Atlético Bucaramanga, Tolima, Independiente Santa Fe e Atlético Nacional
  • EQUADOR - Barcelona de Guayaquil, El Nacional, Independiente del Valle e LDU
  • PARAGUAI - Libertad, Olimpia, Cerro Porteño e Nacional
  • PERU - Universitario, Sporting Cristal, Melgar e Alianza Lima
  • URUGUAI - Peñarol, Nacional, Boston River e Defensor Sporting
  • VENEZUELA - Carabobo, Deportivo Táchira, Universidad Central e Monagas

As duas últimas vagas para a Libertadores 2025 estavam reservadas para um clube da Bolívia e outro da Colômbia. Blooming se classificou para a fase prévia através da colocação na tabela geral boliviana, que acumula pontos de todas as competições do ano. O Atlético Nacional garantiu um lugar na fase de grupos por ter vencido o Torneio Clausura do Campeonato Colombiano, ou seja, a competição nacional do segundo semestre.

Caso o Blooming vença o El Nacional, do Equador, na primeira rodada prévia, ele pode ser o adversário do Corinthians na terceira etapa.

A Libertadores é composta por três fases prévias, que antecedem a etapa de grupos. Os times do Brasil e da Argentina começam, no mínimo, na segunda fase, e enfrentam dois confrontos de mata-mata na tentativa de se classificar.

Na quinta-feira, um sorteio definiu as disputas da pré-Libertadores. Todos os 22 times que garantiram vaga para a fase prévia foram divididos em potes, com base na posição no ranking da Conmebol. Bahia e Corinthians, os únicos brasileiros nessa etapa, enfrentam The Strongest (BOL) e Universidad Central (VEN), respectivamente, e decidem a classificação em casa.

Veja as datas de cada fase da Libertadores:

CALENDÁRIO DA LIBERTADORES

1ª fase 5 e 12 de fevereiro
2ª fase 19 e 26 de fevereiro
3ª fase 5 e 12 de março
Sorteio da fase de grupos 19 de março
Fase de grupos 2 de abril a 28 de maio
Sorteio do mata-mata 4 de junho
Oitavas de final 13 e 20 de agosto
Quartas de final 17 e 24 de setembro
Semifinais 22 e 29 de outubro
Final 29 de novembro


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O Campinense empatou com o Afogados-PE em amistoso da pré-temporada. A partida, que aconteceu no Estádio Ernestão, em Queimadas, terminou em 0 a 0. Este foi o primeiro teste da Raposa pensando no ano de 2025.

Durante os 45 minutos iniciais, o time de Campina Grande foi a campo com: Lucão, Dadinha Ailton Júnior, Geovani e Lucas Gabriel; Pedro Santos, Douglas, Romarinho, Michel Potiguar, Rafael Sayão e João Cabral.

Após o confronto, o Campinense já vira a chave para pensar no próximo compromisso preparatório. É que a Raposa enfrentará o Náutico no próximo domingo (29), nos Aflitos, em Pernambuco. O horário, no entanto, ainda não foi definido.

Na próxima temporada, o Rubro-Negro terá apenas o Campeonato Paraibano 2025 em seu calendário. O clube busca voltar a conquistar uma vaga em competições nacionais, como a Série D do Campeonato Brasileiro.

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O Botafogo-PB empatou o seu segundo amistoso preparatório em 0 a 0, nesta segunda-feira (23), quando enfrentou o Retrô na Maravilha do Contorno. E o Belo contou com cara nova. Isso mesmo. Trata-se do atacante Guilherme Santos, que ainda não foi anunciado mas já entrou em campo com a camisa do Alvinegro da Estrela Vermelha.

Este foi o segundo amistoso disputado pelo Botafogo-PB durante a sua pré-temporada. O primeiro também foi um empate sem gols, mas contra o ABC. O último compromisso do Belo na preparação para 2025 será contra o Serra Branca, no dia 30 de dezembro, na Maravilha do Contorno.

Os 11 iniciais do time paraibano no amistoso contra o Retrô foram compostos por Saulo, Ronaldo, Reniê, Igor Ribeiro e Nicolas Schulz; Thallyson, Gama e Falcão; Gustavo Ramos, Rafinha e Danilo Mariotto. Na segunda etapa, o técnico João Burse promoveu mudanças na sua equipe.

Cara nova no Botafogo-PB
Uma dessas alterações foi a entrada do atacante Guilherme Santos. O jogador ainda não foi anunciado oficialmente pelo Botafogo-PB.

Guilherme Santos tem 23 anos e estava no FC Cincinnati, dos Estados Unidos. No seu antigo clube, o atacante atuou durante 12 partidas, marcou três gols e anotou duas assistências. O atleta tem passagem pelas categorias de base do Atlético-MG e, no profissional, já defendeu as cores de equipes como Vitória, Bragantino e Avaí.

O novo atleta do Belo terá um calendário recheado com a equipe na temporada de 2025. O Alvinegro da Estrela Vermelha disputará o Campeonato Paraibano, a Pré-Copa do Nordeste, a Copa do Brasil e a Série C do Campeonato Brasileiro.

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O ex-deputado Daniel Silveira foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (24) no Rio de Janeiro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo apuração da GloboNews, Silveira retornou à prisão por não respeitar o horário de recolhimento, um dos critérios estabelecidos pela liberdade condicional, concedida por Moraes na última sexta-feira (20).

A defesa do ex-deputado alega que ele descumpriu as decisões em razão de uma visita ao hospital, e que a determinação é uma "total arbitrariedade do STF" (veja mais abaixo).

O ex-deputado foi detido em Petrópolis (RJ) e será levado para Bangu 8, presídio do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Silveira foi condenado pelo Supremo em 2022 a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques aos ministros do tribunal e a instituições, como o próprio STF (relembre mais abaixo).

Na decisão, Moraes descreve que "logo em seu primeiro dia em livramento condicional o sentenciado desrespeitou as condições impostas pois — conforme informação prestada pela SEAP/RJ –, no dia 22 de dezembro, somente retornou à sua residência as 02h10 horas da madrugada, ou seja, mais de quatro horas do horário limite fixado nas condições judiciais".

Conforme a decisão, a defesa de Silveira enviou um documento à Justiça nesta segunda (24) informando que o acusado esteve em um hospital na data, das 22h59 às 0h34, sem autorização judicial ou "qualquer determinação de urgência".

"Não bastasse isso, a liberação do hospital – se é que realmente existiu a estadia – ocorreu as 0h34 horas do dia 22/12, sendo que a violação do horário estendeu-se até as 02h10 horas", descreve o ministro no documento.

À TV Globo a defesa de Silveira informou que "o Sr. Daniel Silveira foi ao hospital no dia 21 com fortes dores nos rins, após, foi medicado e retornou para sua casa. Devido a esse motivo de saúde e devidamente comprovado, o ministro adotou tal postura que na verdade é outra arbitrariedade do STF".

Ao longo do processo, o ex-deputado tem um histórico de descumprimento de determinações judiciais em diversas ocasiões. Fato reiterado por Moraes na decisão desta terça.

"O sentenciado demonstrou, novamente, seu total desrespeito ao Poder Judiciário e à legislação brasileira, como fez por, ao menos, 227 vezes em que violou e descumpriu as medidas cautelares diversas da prisão durante toda a instrução processual penal".

Liberdade condicional
Na última sexta-feira (20), Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-geral da República (PGR) e concedeu liberdade condicional ao ex-deputado, após confirmar que Silveira atende aos critérios estabelecidos por ter cumprido um terço da pena.

O ministro, no entanto, escreveu na decisão que "em respeito ao princípio da individualização da pena, há, portanto, circunstâncias fáticas que recomendam uma especial cautela na aferição do mérito do condenado para fins de progressão do regime prisional e de livramento condicional".

Conforme a decisão, o ex-parlamentar teria que usar tornozeleira eletrônica e deveria atender a uma série de critérios, estabelecidos para presos em liberdade condicional.

São eles:

  • Proibição de ausentar-se da região e obrigação de recolher-se à residência no período noturno, das 22h às 6h, bem como nos sábados, domingos e feriados;
  • Comprovação da obtenção de ocupação lícita, no prazo de 15 dias a contar da concessão do benefício;
  • Comparecimento semanal, às segundas-feiras, perante o juízo;
  • Proibição de mudança de residência sem prévia autorização do STF;
  • Proibição de utilização de redes sociais ou grupos de aplicativos de mensagens, tais como Facebook, Youtube, Instagram, LinkedIn, X (ex-Twitter), TikTok, WhatsApp, Telegram, Discord, entre outras, inclusive por meio de cônjuge, parentes e de terceiros;
  • Proibição de concessão de entrevista ou manifestações a qualquer órgão de imprensa, blog, site ou rede social, sem prévia autorização judicial, inclusive por meio de cônjuge, parentes e de terceiros;
  • Proibição de frequência a clubes de tiro, bares, boates e casas de jogos;
  • Proibição de frequência e participação em cerimônias, festas ou homenagens realizadas em unidades militares das Forças Armadas ou das Polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar, Civil, Penal, Legislativa e Judicial, ou ainda, de Guardas Civis;
  • Vedação à posse ou porte de qualquer arma de fogo;
  • Manutenção da suspensão do passaporte, proibindo-se, ainda, a obtenção de novo documento;
  • Proibição de qualquer tipo de contato, inclusive por intermédio de terceiras pessoas, com os indiciados no inquérito do golpe.

Ataques às instituições
Daniel Silveira virou réu em abril de 2021, no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos.

Em fevereiro daquele ano, ele foi preso por ter publicado um um vídeo no qual defende o AI-5, instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e pregado a destituição de ministros do STF, ambos os atos inconstitucionais.

Ao longo do processo, Silveira teve decretadas outra prisão e medidas restritivas por descumprir ordens como a de uso de tornozeleira eletrônica e de não se comunicar com outros investigados. O ex-deputado chegou a atacar o Supremo em novos eventos.

Em março, Alexandre de Moraes determinou que ele voltasse a ser monitorado eletronicamente e proibiu que ele participasse de eventos públicos.

Silveira chegou a ficar dois dias sem sair da Câmara para evitar a medida. Só depois que Moraes determinou pagamento de multa diária de R$ 15 mil e bloqueio das contas do parlamentar, ele foi à Polícia Federal para instalar o equipamento.

Silveira foi candidato nas eleições de 2022, quando tentou se reeleger deputado federal, mas não obteve votos suficientes.

g1
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Em seu pronunciamento de Natal, divulgado na noite desta segunda-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância do respeito e da harmonia entre os poderes da República, reafirmando sua defesa "intransigente" da democracia.

A fala de Lula foi transmitida em rede nacional de rádio e TV e durou cerca de 4 minutos.

"A base de tudo o que fazemos é o diálogo e o trabalho conjunto do governo federal com a sociedade, os governos estaduais e as prefeituras. É o respeito e a harmonia entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. É a defesa intransigente da democracia", afirmou o presidente.

O pronunciamento foi gravado no fim de semana, durante a passagem por Brasília do marqueteiro de Lula, Sidônio Palmeira. Ele orientou a fala do presidente.

Nos bastidores, a fala sobre harmonia entre poderes foi compreendida como um recado para a pacificação da relação entre Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF). Nas últimas semanas, o Congresso vem manifestando insatisfação com as decisões do STF que estão restringindo, por falta de transparência, o pagamento das emendas parlamentares.

Mais cedo nesta segunda, o ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu o pagamento de uma modalidade: as emendas de comissão.

Lula também pregou a reconciliação entre irmãos e comunhão entre as famílias, no sentido de harmonização das relações no país.

"Que cada um de nós reconheça no outro o seu semelhante. Que irmão se reconcilie com irmão. Que as famílias possam celebrar em comunhão", afirmou.

O presidente também agradeceu às orações que recebeu durante a internação, na semana passada, para uma cirurgia de retirada de um coágulo da cabeça. Também em tom religioso, Lula citou os ensinamentos de Jesus Cristo.

"O Natal é um bom momento para relembrarmos os ensinamentos de Cristo: a compaixão, a fraternidade, o respeito e o amor ao próximo. Meu desejo é que esses ensinamentos estejam presentes não apenas no Natal, mas em todos os dias de nossas vidas", continuou o presidente.

Por fim, Lula fez elogios ao seu governo e disse que a economia está forte.

"Ainda temos enormes desafios pela frente. Mas o Brasil tem hoje uma economia forte, que continua a crescer. Um governo eficiente, que investe onde é mais importante: na qualidade de vida da população brasileira."

g1
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Pelo segundo ano consecutivo, presos pelos atos do 8 de janeiro contra os Poderes em Brasília não poderão usar o benefício de indulto natalino. A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi confirmada edição extra do Diário Oficial da União, nesta segunda-feira (23).

Pela decisão, o benefício que permite o perdão da pena será concedido a mulheres com gravidez de alto risco e portadores de HIV em estágio terminal. A medida também contempla doenças graves, crônicas ou que sejam altamente contagiosas e não possam ser tratadas no sistema prisional.

Nos moldes da decisão de 2023, o perdão não vai alcançar condenados por crimes contra o Estado Democrático de Direito, o que deixa de fora os condenados pelo 8 de janeiro.

O decreto também determinou que as condições ao benefício sejam facilitadas para maiores de 60 anos, pessoas imprescindíveis aos cuidados de crianças de até 12 anos de idade ou com doenças graves.

O indulto coletivo não se aplica a pessoas integrantes de facções criminosas com função de liderança, aquelas submetidas ao Regime Disciplinar Diferenciado, nem àquelas incluídas ou transferidas para estabelecimentos penais de segurança máxima.

A edição de 2024 deixou de fora condenados por abuso de autoridade - o que é voltado para agentes públicos que tenham utilizado funções de forma indevida. A medida também vai contra condenados que tenham cometido crimes contra administração pública - como peculato e corrupção passiva.

O benefício também ficou barrado para condenados por crimes hediondos, de tortura, de terrorismo, de racismo, lavagem de dinheiro e ocultação de bens, violência contra a mulher, crianças e adolescentes, entre outros.

O indulto é uma competência do presidente da República e estabelece pontos objetivos para perdão de condenados. Tradicionalmente, o perdão é divulgado próximo às festas de final de ano.

R7
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Deputados e senadores criticaram nesta segunda-feira (23) a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino de suspender os empenhos de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. Hoje, no primeiro dia de recesso parlamentar, o ministro ainda determinou que a PF (Polícia Federal) abra um inquérito para investigar a liberação do montante.

Na determinação, Dino alegou que é possível verificar “a persistente inobservância de deveres constitucionais e legais — aprovados pelo Congresso Nacional — quanto à transparência, rastreabilidade e eficiência na aplicação de bilhões de reais”.

Nas redes sociais, o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) escreveu que Dino “desrespeita” o Congresso. “Fico imaginando a cara daqueles que votaram a favor do ‘ajuste fiscal’ com a promessa de receberem emenda”, escreveu o parlamentar.

Líder do PL na Câmara, o deputado Altineu Cortês (RJ) disse ao R7 que não discute a determinação, apesar de não concordar. Maurício Marcon (Podemos-RS) relacionou a suspensão a aprovação do pacote de ajuste fiscal do governo federal.

“Os deputados e senadores que votaram o “ajuste fiscal” em troca de emendas além de não recebê-las ainda vão ser investigados pela PF. Como é bom ser um deputado com valores os princípios e não vender meu voto por $”, declarou.

Apesar de ser de oposição, o senador Cleitinho (Republicanos-MG) disse apoiar a determinação do magistrado. “Quantos deputados federais e senadores vão apoiar essa decisão do ministro Flávio Dino de suspender 4 bi das emendas para PF Investigar! Princípio da administração pública é transparência. Eu apoio. pode investigar a vontade”, escreveu nas redes sociais.

O governista Ivan Valente (PSOL-SP) parabenizou Dino pela ação e alegou que as irregularidades apontadas pelo ministro teriam sido “articuladas” pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “Sem transparência, sem emenda”, ponderou.

A ação de Dino ocorre na esteira de o Congresso aprovar uma lei para dar mais transparência aos pagamentos. Após a sanção da lei, o governo federal publicou uma portaria que adequou as normas das emendas parlamentares às determinações de maior transparência e rastreabilidade definidas pelo STF. Com o aprimoramento, o pagamento dos valores foi retomado depois de pouco mais de três meses.

As mudanças atingem somente os recursos do Orçamento deste ano e os valores ainda não pagos de períodos anteriores. A portaria não se aplica à execução orçamentária de 2025, que ainda será regulamentada.

Entenda
Na decisão, o ministro destacou que o pagamento não seria compatível com “a ordem constitucional, notadamente com os princípios da Administração Pública e das Finanças Públicas”. Além disso, ele citou supostos desvios de verba identificados em auditorias dos Tribunais de Contas e das Controladorias, além de “malas de dinheiro sendo apreendidas em aviões, cofres, armários ou jogadas por janelas, em face de seguidas operações policiais e do Ministério Público”. “Tamanha degradação institucional constitui um inaceitável quadro de inconstitucionalidades em série, demandando a perseverante atuação do Supremo Tribunal Federal”, afirma Dino.

Entenda as determinações da decisão

Câmara dos Deputados

  • Publique, em seu site, as atas das reuniões das Comissões Permanentes nas quais foram aprovadas as 5.449 emendas indicadas no ofício encaminhado para o Executivo.
  • Ao lado de cada “emenda de comissão” informada no citado ofício, deve ser indicada a ata exata em que consta a aprovação da emenda, para cotejo.
  • Encaminhe à Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do Poder Executivo, por ofício, cópia de todas as referidas atas.

Ministério da Saúde

  • Notifique, em 48 horas, todos os gestores estaduais e municipais para que, relativamente às emendas parlamentares:
  • Mantenham bloqueados nas contas os recursos recebidos de transferências fundo a fundo;
  • Abram, imediatamente, contas específicas para cada emenda parlamentar na área da saúde. As contas específicas devem ser informadas, via ofício dos gestores estaduais ou municipais, à Controladoria-Geral da União e ao ministério, em 10 dias corridos.

Advocacia Geral da União

  • Informe nos autos, no prazo de 10 dias úteis:
  • Montantes empenhados e pagos, por modalidade de emenda parlamentar e por órgão;
  • Os nomes e CPF dos responsáveis jurídicos pelo empenho e pagamento de emendas parlamentares;
  • Ofícios e atas recebidos pelo Poder Executivo nos meses de novembro e dezembro.

Mudanças para 2025

O ministro ainda determinou que o Executivo só poderá executar as emendas parlamentares relativas ao ano de 2025 com a conclusão de todas as medidas corretivas já ordenadas, notadamente as adequações no Portal da Transparência e na plataforma Transferegov.

“Audiências de Contextualização e de Conciliação, bem como reuniões técnicas, serão realizadas em fevereiro e março de 2025, quando já concluído o processo de substituição das Mesas Diretoras das Casas Parlamentares, das suas Comissões Permanentes e das Lideranças Partidárias. Esse cronograma visa atender aos processos internos do Poder Legislativo, com seu calendário próprio, a fim de que o diálogo institucional ocorra de forma produtiva.”

R7
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que "um certo progresso" foi feito nas negociações para um novo acordo de cessar-fogo entre seu governo e o Hamas, nesta segunda-feira (23).

Durante um discurso no Parlamento, em meio a provocações de membros da oposição, Netanyahu afirmou que Israel havia feito "grandes conquistas" militarmente em diversas frentes e que a pressão militar sobre o Hamas havia levado seus líderes a suavizar suas exigências anteriores para a libertação dos reféns que seguem em Gaza.

"Há progresso, não sei quanto tempo levará. Continuaremos a operar de qualquer forma e sem pausa até que os tragamos de volta para casa, da terra inimiga", anunciou, falando em solidificar a posição conquistada com a ajuda dos "amigos americanos".

De acordo com autoridades israelenses e palestinas ouvidas pela agência de notícias Reuters, as diferenças entre Israel e o Hamas diminuíram, embora algumas questões ainda não tenham sido resolvidas.

A nova tentativa de cessar-fogo ganhou força esse mês e tem Egito, Catar e Estados Unidos como mediadores.

A Assembleia Geral da ONU exigiu, nesta quarta-feira (11), por ampla maioria, um cessar-fogo imediato e incondicional em Gaza, em uma resolução de valor simbólico que foi rejeitada tanto por Israel quanto pelos Estados Unidos, informou a Agência France-Presse (AFP).

A resolução, que obteve 158 votos a favor, nove contra e 13 abstenções, também pediu "a liberação imediata e incondicional de todos os reféns", em uma redação semelhante à que foi bloqueada no Conselho de Segurança no final de novembro por um veto dos Estados Unidos.

Durante a madrugada e a manhã de quarta-feira, 33 pessoas, incluindo crianças, foram mortas em ataques israelenses no território palestino, de acordo com a agência Associated Press (AP). Um dos bombardeios destruiu uma casa onde pessoas deslocadas estavam abrigadas.

Em relação ao cessar-fogo, Washington defende que deve ser condicionado à liberação de todos os reféns em Gaza, argumentando que, caso contrário, o Hamas não teria nenhum incentivo para libertá-los.

O embaixador adjunto dos Estados Unidos, Robert Wood, reiterou a posição de seu país na quarta-feira, dizendo que seria "vergonhoso e errado" adotar o projeto.

Antes da votação, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, afirmou que as resoluções discutidas nesta quarta-feira "superam toda lógica".

"O voto de hoje não é a favor da compaixão, mas a favor da cumplicidade", afirmou Danon.

A Assembleia Geral tem adotado com frequência resoluções que não conseguem ser aprovadas no Conselho de Segurança, que está praticamente paralisado em questões sensíveis, como Gaza e Ucrânia. E desta vez não foi diferente.

O texto aprovado nesta quarta-feira, não vinculante, também exige "acesso imediato" a uma ampla ajuda humanitária para os cidadãos de Gaza, que sofrem por mais de um ano de guerra com Israel, especialmente na sitiada região norte daquele território.

Dezenas de representantes dos Estados membros se dirigiram à Assembleia antes da votação, em apoio aos palestinos.

"Gaza já não existe. Está destruída", afirmou o representante da Eslovênia, Samuel Zbogar. "A história é o crítico mais duro da inação", destacou.

O embaixador adjunto da Argélia na ONU, Nacim Gaouaoui, ecoou essas críticas. "O preço do silêncio e do fracasso diante da tragédia palestina é muito alto, e será mais pesado amanhã", afirmou.

A guerra em Gaza teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque inédito do grupo Hamas, que resultou na morte de 1.208 pessoas, a maior parte civis, de acordo com um levantamento da AFP com base em números oficiais. Esse número inclui os reféns que morreram ou foram assassinados durante o cativeiro em Gaza.

Durante o ataque, os membros do Hamas também sequestraram 251 pessoas, 96 das quais permanecem em Gaza, incluindo 34 que os militares afirmam terem morrido.

As operações militares de represália israelenses em Gaza mataram pelo menos 44.786 pessoas, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza e considerados confiáveis pela ONU.

Reuters
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Dezenas de contêineres ficaram submersos em um porto de Istambul depois que um navio de carga tombou de lado na manhã desta segunda-feira (23), mostrou um vídeo da cena.

O navio virou parcialmente enquanto funcionários do porto descarregavam os contêiners. Segundo autoridades, um desequilíbrio da carga gerou o tombamento.

Dez dos 15 tripulantes foram resgatados por pessoal de ajuda, e cinco pularam na água e escaparam sozinhos, disse, acrescentando que uma pessoa que ficou levemente ferida foi transferida para o hospital.

A imagem do momento em que o navio tomba foi compartilhada pela Diretoria Geral de Assuntos Marítimos da Turquia.

A agência de notícias Reuters conseguiu confirmar a localização do vídeo a partir do layout do porto, estruturas próximas e visuais corroborantes do mesmo incidente. A data foi verificada pelo carimbo de data/hora no vídeo e declarações de autoridades.

O navio, ANMAH, virou de lado por volta das 01h00 GMT na segunda-feira por causa de um carregamento desequilibrado da carga, disse o gabinete do governador.

Dez dos 15 tripulantes foram resgatados por pessoal de ajuda e cinco pularam na água e escaparam sozinhos, disse, acrescentando que uma pessoa que ficou levemente ferida foi transferida para o hospital.

Reuters
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