Três partidos pediram nesta sexta-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda o ato do Ministério da Educação que revogou uma norma sobre polÃticas de inclusão.
As ações foram apresentadas por PSB, Rede Sustentabilidade e PDT. Caberá ao ministro Gilmar Mendes analisar as ações de PSB e Rede, e a ação do PDT também deverá ser destinada ao ministro porque os pedidos são semelhantes.
A portaria questionada pelos partidos foi publicada nesta quinta-feira (18) no "Diário Oficial da União", horas antes de Abraham Weintraub anunciar a demissão do cargo de ministro da Educação.
O ato do MEC revogou uma outra portaria, também do ministério, que estimulava a adoção de ações afirmativas em cursos de pós-graduação, entre as quais o acesso de negros, indÃgenas e pessoas com deficiência aos cursos (leia detalhes mais abaixo).
Argumentos
Saiba os argumentos apresentados pelos partidos:
Portaria revogada
Ao ser publicada, em 2016, a portaria sobre ações afirmativas citava o Estatuto da Igualdade Racial e a constitucionalidade de ações afirmativas, e também considerava que, desde 2014, já havia reserva de vagas em processos seletivos para o serviço público.
Ela instituÃa que as universidades e institutos federais de ensino deveriam criar propostas de inclusão "de negros (pretos e pardos), indÃgenas e pessoas com deficiência em seus programas de pós-graduação (Mestrado, Mestrado Profissional e Doutorado), como PolÃticas de Ações Afirmativas", e informar ao MEC.
O ministério, por sua vez, criaria um grupo de trabalho para monitorar as ações. Já a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NÃvel Superior (Capes) faria censos para mensurar a entrada de estudantes destes grupos na pós-graduação.
G1
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