Um novo balanço divulgado neste sábado (14) elevou para 279 o número de mortos no acidente com um avião da Air India, que caiu na última quinta-feira (12) logo após decolar da cidade de Ahmedabad, no noroeste da Índia.
A informação é da agência AFP, com base em uma fonte policial que falou sob condição de anonimato. Segundo essa fonte, 279 corpos ou partes de corpos foram levados ao hospital da cidade desde a tragédia.
O número anterior era de 265 vítimas. O novo total inclui 38 pessoas que estavam no solo, atingidas quando o Boeing 787 caiu sobre um bairro residencial e explodiu em uma bola de fogo. As demais vítimas estavam a bordo, entre passageiros e tripulantes.
Apenas uma pessoa sobreviveu. O passageiro de 40 anos escapou da aeronave pela saída de emergência e contrariou duas estatísticas: a de mortes em acidentes aéreos e a de sobrevivência de passageiros sentados na parte dianteira do avião. Ele estava sentado na poltrona 11A.
A aeronave seguia para Londres e levava 230 passageiros e 12 tripulantes. Segundo a aviação civil indiana, estavam a bordo: 169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense.
De acordo com as autoridades indianas, os corpos estão sendo identificados com exames de DNA. O ministro do Interior, Amit Shah, afirmou que o número definitivo de vítimas será divulgado após a conclusão do processo.
Uma das duas caixas-pretas do avião foi encontrada, segundo a imprensa local. As autoridades seguem vasculhando os destroços em busca de evidências sobre a acidente.
Neste sábado, a Air India informou que já concluiu inspeções em nove Boeings 787 da sua frota.
A revisão das demais aeronaves será finalizada em até 24 horas. As checagens foram determinadas pelas autoridades de aviação da Índia, como condição para que a empresa volte a operar com o modelo, segundo a companhia.
Assim que oficializado, com esse novo balanço, o acidente pode se torna o mais fatal do mundo desde a queda do voo da Malaysia Airlines, em julho de 2014. Na ocasião, um Boeing 777 foi abatido por um míssil sobre a Ucrânia, matando 298 pessoas
O acidente
Pela primeira vez na história, um Boeing 787 caiu. A tragédia aconteceu nesta quinta-feira (12) na Índia, meio minuto depois de o avião decolar.
Câmeras de segurança do aeroporto de Ahmedabad cronometraram a tragédia. Às 13h38, pelo horário local, o Boeing 787-8 Dreamliner, da companhia Air India, decolou e subiu a uma altura de 190 m. Mas em seguida, começou a perder altitude até tocar o solo e explodir. Da decolagem à queda, foram cerca de 30 segundos.
Um morador filmou a queda. O avião, no ar, ainda está com o trem de pouso para fora. Já os flaps nas asas do avião não parecem estar estendidos. No fim do vídeo, a bola de fogo e a coluna de fumaça em uma área residencial da cidade. (Assista no vídeo acima)
O avião caiu sobre o refeitório de uma escola de medicina – bem na hora do almoço. Médicos e estudantes estavam no local. Mais de 50 pessoas ficaram feridas.
O que exatamente aconteceu com o voo AI171 só será revelado por uma investigação detalhada, mas sabe-se que os momentos após a decolagem podem ser os mais desafiadores na aviação.
Investigadores indianos serão acompanhados por especialistas americanos e do Reino Unido nos próximos dias, enquanto as autoridades tentam estabelecer a causa da queda do Boeing 787-8 Dreamliner.
O 787-8 Dreamliner foi pilotado pelo capitão Sumeet Sabharwal e seu copiloto Clive Kundar. Os dois eram altamente experientes, com mais de 9 mil horas de voo combinadas.
Quase imediatamente após a decolagem, a cabine emitiu um sinal de socorro, informou o órgão regulador da aviação da Índia.
'Mayday... sem empuxo, perdendo potência, sem sustentação', disse piloto de avião da Air India segundos antes da queda, segundo 'Telegraph'
A aeronave não respondeu mais depois isso. Não está claro o que motivou o sinal de socorro, mas o único sobrevivente do voo disse à imprensa indiana que ouviu um forte estrondo enquanto o avião lutava para ganhar altitude.
Os dados finais transmitidos mostraram que o avião atingiu uma altitude de 109 metros. Ele desceu e ficou oculto por árvores e prédios, antes de uma grande explosão surgir no horizonte.
A aeronave caiu em uma área residencial, com imagens mostrando blocos habitacionais bastante danificados em uma área densamente construída, que incluía hospitais e prédios oficiais.
g1
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