Junho 14, 2025

Conselho de Segurança da ONU se reúne de emergência para discutir escalada do conflito entre Irã e Israel

A mídia estatal do Irã afirmou que os militares do país lançaram centenas de mísseis balísticos contra Israel nesta sexta-feira (13). As Forças de Defesa israelenses confirmaram o ataque e disseram ter acionado seus sistemas de defesa. Explosões foram ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém.

Os ataques ocorreram logo após o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmar que o país iria retaliar Israel pelos ataques contra instalações militares e nucleares iranianas na noite de quinta (12), no horário de Brasília.

Logo após o início da resposta do Irã, Khamenei acusou Israel de ter iniciado uma guerra e afirmou que o governo israelense cometeu "um grande erro".

"A nação iraniana não permitirá que o sangue de seus valiosos mártires fique sem vingança, nem ignorará a violação de seu espaço aéreo."

A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que lançou ataques contra vários alvos em Israel. À agência Reuters, um oficial iraniano declarou que a retaliação "apenas começou" e prometeu que Israel "vai pagar caro" pelas mortes de militares, cientistas e civis iranianos.

Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel disseram que as explosões registradas foram causadas tanto pelo impacto de mísseis quanto por interceptações do sistema de defesa. O governo israelense afirmou ainda que o Irã lançou ataques contra áreas residenciais.

O jornal israelense Haaretz disse que sete pessoas ficaram feridas em uma cidade na região central do país. Até a última atualização desta reportagem, nenhum balanço oficial havia sido divulgado.

A TV estatal do Irã noticiou que um caça israelense foi abatido, e que o piloto foi preso pelos militares iranianos. No entanto, um porta-voz das Forças de Defesa de Israel disse que a informação é falsa.

O ataque de Israel
Nesta sexta, Israel retomou os ataques ao Irã. Fortes explosões foram ouvidas nos arredores de Teerã por moradores da capital. Segundo a imprensa estatal iraniana, defesas aéreas foram ativadas e interceptaram mísseis israelenses no sul do país.

Israel afirma que o objetivo da operação é impedir o avanço do programa nuclear iraniano. O bombardeio de quinta também matou o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas do país, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também foram mortos.

A agência de notícias iraniana Fars informou que pelo menos 78 pessoas morreram e outras 329 ficaram feridas nos ataques israelenses.

Irã classificou ataques como 'declaração de guerra'
Mais cedo, o regime iraniano ameaçou Israel e Estados Unidos ao afirmar que os países vão "pagar caro".

Ali Khamenei disse que Israel receberá "um destino amargo" e afirmou que a ação revela a "natureza perversa" de Israel. O líder também declarou que sucessores dos militares logo assumirão as funções e darão continuidade ao trabalho.

"A mão poderosa das Forças Armadas da República Islâmica não os deixará impunes, se Deus quiser. Com esse crime, o regime sionista preparou um destino amargo e doloroso para si mesmo — e certamente o receberá", afirmou.

O governo também afirmou que o ataque foi uma "declaração de guerra" de Israel. Essa foi a descrição do ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, em carta enviada à ONU.

Abbas pediu que o Conselho de Segurança da ONU "trate imediatamente dessa questão", informou o ministério. Horas depois, uma reunião de emergência foi convocada pelo Conselho para esta sexta-feira.

Na TV estatal, o porta-voz das Forças Armadas iranianas, general Abolfazl Shekarchi, acusou os Estados Unidos de apoiarem o ataque. Ele afirmou que americanos e israelenses vão pagar um preço alto pelos bombardeios.

Os Estados Unidos negaram envolvimento direto na operação. O secretário de Estado, Marco Rubio, afirmou que “Israel tomou uma ação unilateral” e que “a prioridade dos EUA é proteger suas tropas na região”. Segundo ele, Washington foi informado, mas não participou da ação.

No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou o Irã por um acordo nuclear "antes que não sobre mais nada".

O que se sabe sobre o ataque
? O ataque acontece em meio a crescentes tensões entre os dois países e ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano.

Pouco após Israel lançar o bombardeio contra o Irã, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, divulgou um pronunciamento gravado com antecedência.

"Estamos em um momento decisivo na história de Israel", disse.

Em seu discurso, o primeiro-ministro disse que a operação militar tem como objetivo deter "a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel" e que os ataques continuarão "por quantos dias forem necessários".

Segundo um oficial das Forças de Defesa de Israel, o Irã possui urânio suficiente para construir ogivas nucleares em questão de dias. O regime iraniano também está em um estágio avançado de um programa nuclear secreto para desenvolver uma bomba.

Uma nota divulgada pela embaixada de Israel no Brasil afirmou que o Irã é o "principal patrocinador do terrorismo global" e representa uma ameaça ao Estado.

g1
Portal Santo André em Foco

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