Nesta semana acontece uma reunião a portas fechadas dos líderes católicos, o Sínodo dos Bispos. Os tópicos do encontro incluirão o papel das mulheres, maior aceitação dos católicos LGBTQIA+, justiça social e os efeitos das mudanças climáticas sobre os pobres.
No encontro, cerca de 365 integrantes, incluindo cardeais, bispos, leigos e, pela primeira vez, mulheres votarão nas propostas.
As discussões do Sínodo vão acontecer durante este mês e serão retomadas em outubro de 2024. Um documento papal se seguirá, muito provavelmente em 2025, o que significa que mudanças no ensinamento da Igreja, se houver, ainda estarão muito distantes.
Antes desse encontro, um grupo de clérigos conservadores da Igreja Católica, entre eles cinco cardeais, fez uma lista pública com questionamentos ao Papa Francisco.
Os cardeais são da Ásia, Europa, África, Estados Unidos e América Latina. Eles disseram nesta segunda-feira (2) que enviaram ao papa um conjunto de perguntas formais, conhecidas como “dubia” (“dúvidas”, em latim), sobre o encontro.
Entre as perguntas há dúvidas sobre casais do mesmo sexo e outras questões.
Em carta aberta aos católicos, eles disseram que anunciaram os seus questionamentos “para que não estejam sujeitos à confusão, ao erro e ao desânimo, mas antes possam rezar pela Igreja universal”.
O papa e uma minoria conservadora da Igreja têm discordâncias em relação a alguns temas. O líder é acusado de minar uma série de preceitos tradicionais.
Os cinco cardeais têm idades entre 75 e 90 anos e não ocupam mais nenhum cargo importante. São eles: Raymond Burke, dos Estados Unidos, Walter Brandmueller, da Alemanha, Joseph Zen, de Hong Kong, Robert Sarah, de Guiné, e Juan Sandoval Íñiquez, do México.
Há 242 cardeais na Igreja, e não ficou claro se os cinco pediram a adesão de outros. Um conhecido crítico de Francisco, o cardeal alemão Gerhard Mueller, não estava entre os signatários.
Reuters
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