Setembro 30, 2024

Coreia do Norte confirma teste e divulga foto de míssil Hwasong-8

Autoridades da Coreia do Norte divulgaram nesta terça-feira (28) uma foto do lançamento de um míssil Hwasong-8, durante um teste realizado nas primeiras horas do dia (ainda noite de segunda-feira, em Brasília).

Segundo a agência de notícias oficial KCNA, o míssil hipersônico é muito mais rápido e difícil de ser interceptado pelos sistemas de defesa do que um míssil comum.

O desenvolvimento de um míssil hipersônico era uma das cinco tarefas "de prioridade máxima" estabelecidas por Pyongyang em um plano de armamento estratégico para cinco anos, ainda de acordo com a KCNA.

O líder norte-coreano Kim Jong-un, aparentemente, não acompanhou o teste desta vez.

De acordo com o jornal oficial "Rodong", Park Jeong-cheon, membro do Comitê Permanente do Politburo do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia e secretário do Comitê Central do Partido, observou o lançamento do teste com funcionários importantes do Departamento de Ciência e Defesa.

Neste primeiro lançamento de teste, os cientistas teriam avaliado a capacidade de manobra de voo e estabilidade do míssil, além de indicadores técnicos e novos sistemas de combustível a atuador.

Ainda segundo a publicação, o lançamento foi totalmente bem sucedido.

O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), citado pela agência sul-coreana Yonhap, diz que o míssil foi disparado de Mupyong-ri do Norte, na província de Jagang, para o leste, por volta das 6h40, no horário local.

Pouco após a notificação do disparo, o embaixador norte-coreano defendeu na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o direito de seu país de testar sua tecnologia de defesa.

"Nós apenas estamos construindo nossa defesa nacional para nos proteger e salvaguardar de forma confiável a segurança e a paz do país", disse Kim Song.

Resoluções da própria ONU proíbem que a Coreia do Norte exerça atividades com mísseis balísticos. Mas o país alega que pretende reforçar sua defesa contra ameaças feitas pela Coreia do Sul e os Estados Unidos.

A relação entre as duas Coreias é ambígua. Dois dias antes deste último lançamento, Kim Yo Jong, irmã e assessora influente de Kim Jong-un, evocou a possibilidade de uma cúpula intercoreana, mas só se garantir o "respeito mútuo" e a "imparcialidade".

Ela chegou, inclusive, a sugerir que Pyongyang poderia declarar o fim formal da Guerra da Coreia, conforme sugerido pelo Sul. Porém, criticou a "dupla moral" da Coreia do Sul e dos EUA, que criticam os testes norte-coreanos enquanto desenvolvem suas próprias capacidades militares.

Nos últimos dias, a Coreia do Sul anunciou que testou com sucesso, pela primeira vez, mísseis disparados de um submarino, uma tecnologia avançada disponível apenas em alguns poucos países.

g1
Portal Santo André em Foco

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