A obra de esgotamento sanitário no loteamento Boa Vista, em Monteiro, Cariri da Paraíba, não foi iniciada. A obra fica próxima ao canal do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf - Eixo Leste, Meta 3L). A situação foi constatada pelo Ministerio Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (5).
O acordo firmado há um ano não foi cumprido pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) e o Ministério Público Federal fará nova vistoria ainda este mês para avaliar medidas cabíveis.
Em uma reunião realizada na segunda-feira, a Cagepa informou que ainda não realizou a contratação de empresa de engenharia que irá executar as obras de esgotamento sanitário do loteamento. Por outro lado, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba informou que já executou a rede coletora de esgoto da travessa Alfredo Silva, evitando que os efluentes das casas da região fossem lançados indevidamente na galeria pluvial (águas de chuvas) do município de Monteiro e viessem a poluir o Rio Paraíba.
A Cagepa esclareceu também, na reunião, que removeu ligações clandestinas de esgoto no trecho da galeria pluvial compreendido entre o centro da cidade de Monteiro e o mercado municipal, todavia, não o fez após este ponto e a travessa Alfredo Silva.
Após questionamentos do engenheiro do MPF, concluíram que, embora em menor quantidade, ainda há derramamento de esgoto in natura no leito do Rio Paraíba.
A Prefeitura Municipal de Monteiro informou que não está realizando os procedimentos de limpeza e desobstrução do canal de água pluvial situado nas proximidades do canal da transposição do São Francisco, segundo foi acordado no ano passado.
Próximo passo
O município de Monteiro se comprometeu a iniciar, em até 15 dias, a limpeza do canal pluvial, de forma periódica, enquanto a Cagepa se comprometeu a enviar documentação ao MPF comprovando o andamento do procedimento de contratação da empresa que realizará a obra no loteamento, além de prazo de execução e todas as informações pertinentes, bem como os relatórios de análise da qualidade da água, também no prazo de 15 dias.
A Cagepa também se comprometeu a realizar, no prazo de um mês, vistoria para verificar a existência de ligações clandestinas que lançam esgoto bruto no canal do Pisf.
g1 PB
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