A Agência Estadual de Gestão das Águas (Aesa) estuda diminuir ou suspender a vazão do Açude de Boqueirão para Acauã após o Ministério do Desenvolvimento Regional comunicar paralisação do bombeamento no Eixo Leste. A decisão ocorreu depois que equipamentos de monitoramento da Transposição emitiram alerta durante a fase final de enchimento da barragem Cacimba Nova, em Custódia (PE).
De acordo com o presidente da Aesa, Porfírio Catão, hoje com 22,08% de capacidade, Boqueirão garante o abastecimento até o próximo período chuvoso para Campina Grande, mais 18 cidades e um distrito.
Entretanto, segundo ele, a falta da água da transposição pode obrigar a cortar o repasse para Acauã, que apresenta apenas 12% de sua capacidade, e abastece cerca de 110 mil pessoas em municípios do Vale do Paraíba. Esse seria um dos casos mais preocupantes.
Sem a água da transposição, outras cidades do Cariri paraibano que eram abastecidas por água captada no Rio Paraíba, de acordo com Porfírio Catão, serão abastecidas através do açude de Cordeiros, no Congo. O açude teria capacidade para abastecer a população por quatro meses.
O MDR informou que a Transposição passará por novas intervenções estruturantes para garantir o funcionamento adequado da barragem. A medida é preventiva e, portanto, a estrutura não apresenta risco de rompimento.
O consórcio supervisor da obra realiza estudo e perícia para identificar os ajustes técnicos necessários à estrutura, bem como indicar ações preventivas e de reparo que deverão ser realizadas.
De Olho no Cariri com MaisPB
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