A temperatura média do ar na Paraíba, que atualmente é 25,3 °C, sofreu um aumento de 1ºC nos últimos 30 anos. Esse crescimento foi observado nas quatro regiões geográficas intermediárias do Estado, João Pessoa, Campina Grande, Patos e Sousa-Cajazeiras, em uma pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Segundo a pesquisa, realizada por Louise Pereira da Silva no âmbito do Programa de Pós-graduação em Energias Renováveis da UFPB, a tendência de alta pode comprometer eficiência da produção de energia solar fotovoltaica no Estado, por provocar diminuição da tensão elétrica em painéis.
Nos municípios onde ficam as estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na Paraíba, locais de realização da pesquisa da UFPB, a elevação anual da temperatura média do ar foi de 0,03 °C, em João Pessoa; 0,02 °C, em Areia; 0,02 °C, em Campina Grande; 0,05°C, em Monteiro; 0,04 °C, em Patos e 0,06 °C em São Gonçalo.
Atualmente, a temperatura média do ar é de 26,8 °C em João Pessoa, 22,5 °C em Areia, 23,3 °C em Campina Grande, 24,2 °C em Monteiro, 27,9 °C em Patos e de 26,8 °C em São Gonçalo, de acordo com a pesquisa.
Os dados climáticos históricos de irradiação solar e de temperatura média do ar dessas estações meteorológicas, instaladas nas últimas três décadas na Paraíba, foram o que permitiu a realização do estudo.
No estado da Paraíba, a produção fotovoltaica foi de 365 GWh e corresponde a aproximadamente 24% da geração total de produção de energia do estado. Considerando um consumo médio mensal de 200 kWh, essa produção fotovoltaica atenderia aproximadamente a 152 mil residências durante um ano.
“Nesta nossa avaliação dos dados climáticos históricos de irradiação solar e temperatura média do ar do estado da Paraíba e seu impacto na produção de energia fotovoltaica usando painel de silício monocristalino e policristalino, foi observado que houve redução na produção fotovoltaica em razão do aumento da temperatura média do ar”, afirma Louise.
A pesquisadora ressalta que essa redução foi pequena, mas foi visto que existe e que o aumento da temperatura do ar vai piorar a eficiência do sistema.
A tensão elétrica de um painel fotovoltaico é muito dependente da temperatura e o aumento na temperatura do ar pode diminuir a tensão do equipamento, reduzindo dessa forma a produção de eletricidade.
Para chegar aos resultados desta pesquisa, Louise Pereira da Silva conta que foram analisados dados do início da instalação de cada estação meteorológica na Paraíba até o ano de 2019.
g1
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