Trabalhadores do serviço público participam nesta quarta-feira (18) de uma greve nacional da categoria em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição nº 32/2020, chamada de “reforma administrativa”. Além de parar as atividades por 24 horas, os servidores na Paraíba farão atos públicos pela manhã. Em João Pessoa, um grupo se concentra em frente ao prédio da Receita Federal.
Segundo Fernando Cunha, presidente da Associação dos Docentes Da UFPB (ADUFPB), uma das entidades que integram a organização do movimento na Paraíba, o dia de greve nacional foi definido durante o Encontro Nacional dos Servidores e Servidoras, que aconteceu em 29 e 30 de julho, com a presença de mais de 5 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o funcionalismo público das três esferas – municipal, estadual e federal.
A Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT-PB) também integra a organização da greve nacional. Segundo o presidente da entidade, Tião Santos, a reforma administrativa está a todo vapor no congresso e é preciso protestar para barrá-la.
Tião Santos ressaltou que a PEC 32 não é a única ameaça aos direitos dos trabalhadores brasileiros. Na última quinta-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória nº 1.045/2021, que precariza as relações de trabalho no país, retirando o direito a férias e até ao FGTS.
Também participam da organização do movimento as seguintes entidades: ADUEPB, FentECT, CSP-Conlutas, Fonasefe, Intersindical, CTB, ANDES-SN, Sintect-PB, Sinasefe, Sintef-PB, ADUFCG, Sintab, Sintespb e Sintep.
Apoio à greve dos Correios
Além das atividades referentes à greve nacional do serviço público, os sindicatos, federações e centrais sindicais da Paraíba também estarão integrados nesta quarta-feira ao movimento grevista dos trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos. Na terça-feira (17), o sindicato da categoria (Sintect) realizou assembleia para aprovar a paralisação das atividades por tempo indeterminado.
Tramitação da PEC
Para aprovar uma PEC, são necessários os votos favoráveis de 308 deputados. Após ser apreciada pelo plenário da Câmara em dois turnos, a matéria ainda precisa ser aprovada também em dois turnos no Senado por pelo menos 41 votos, antes de ser promulgada. A medida ainda não tem prazo para ser colocada em votação na Câmara, mas já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
G1 PB
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