Outubro 04, 2024

Covid-19: 10% dos paraibanos já tiveram contato com o vírus, segundo Secretaria de Saúde

A porcentagem de paraibanos que já tiveram contato com o novo coronavírus é de 10%, segundo inquérito sorológico divulgados pela Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta terça-feira (12). De acordo com o secretário executivo da Saúde, Daniel Beltrammi, pouco mais de 400 mil pessoas já foram de fato expostas ao vírus.

Conforme o último boletim da SES divulgado nesta terça-feira (12), a Paraíba tem 173.518 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus 3.836 pessoas morreram por conta da doença.

A estimativa de 10% vem de testes que identificam o anticorpo IgG como positivo no corpo do paciente. Ao todo, 130 municípios participaram da investigação que aconteceu entre 3 de novembro e 22 de dezembro de 2020.

"Essa informação é relevante para mostrar que vacina é um instrumento muito importante em um cenário de pandemia, porque construir imunidade tendo contato com o vírus tem um preço social e humano altamente elevado", disse o secretário.

A incidência de resultados positivos para o anticorpo IgG em pessoas que nunca usaram máscara é de 14%. Para quem sempre usou a proteção, esse dado muda para 10%. A pesquisa também aponta que 8,7% da população de homens e 11,2% da população de mulheres já tiveram contato com o vírus.

O secretário aponta que, caso os dados caminhem neste ritmo, serão muitas outras vidas perdidas. "Portanto, pedimos aos paraibanos que continuem usando máscara, lavando as mãos e mantendo o distanciamento entre as pessoas.”

De acordo com a investigação, a 1ª Macrorregião de Saúde, sem João Pessoa, tem a maior ocorrência de casos de Covid-19, com 15,2%. A Grande João Pessoa aparece com 13,3%, seguida da 3ª Macro, com 7,1% e da 2ª Macro, com 4,7%.

O inquérito aponta que a maior prevalência do vírus é entre o grupo de pessoas com faixa etária entre zero e 11 anos, onde 16,40% tem o IgG positivo. O anticorpo positivo em menores de cinco anos é de 14,2%. Na faixa etária entre 50 e 59 anos, essa percentagem foi de 10,7%, seguida do grupo de pessoas de 60 anos ou mais, com 9,8%.

A prevalência do anticorpo IgG entre os grupos de pessoas com trabalho regular ou com horário fixo é de 9,4%. Já em pessoas fora do mercado de trabalho, que não trabalham e não procuram ativamente por trabalho esse número é de 9,7%.

Sobre renda não há muita diferença. A estimativa é que 8,8% da população com renda igual ou inferior a 1000 reais já tiveram contato com o vírus. Esse número é de 8,5% na população com renda acima de 5000 reais.

De acordo com Daniel Beltrammi, esse dado mostra que a classe média ficou muito mais tempo exposta ao vírus do que as classes menos favorecidas. "(...) Mas mesmo assim, quando analisamos a faixa de renda até mil reais, a velocidade de periferização e contágio foi tão maior que ela praticamente recuperou a mesma carga de doença com maior velocidade”, pontua.

Daniel Beltrammi também ressaltou a importância de equipes de atenção básica dos 223 municípios da Paraíba seguirem em atuação. "(...) Fazer as visitas domiciliares; poder tá perto das pessoas neste momento; identificar quem tem os sintomas de gripe para que a gente possa bloquear, orientar impedir que o vírus se dissemine."

G1 PB
Portal Santo André em Foco

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