Outubro 06, 2024

Cuiabá 40 graus: como a seleção brasileira tenta minimizar efeitos do calor em Mato Grosso

Os termômetros marcavam 33ºC quando a primeira leva de jogadores da seleção brasileira desembarcou em Cuiabá, na manhã da última segunda-feira. A sensação era de uma temperatura ainda maior, graças ao ar seco e a falta de vento, mas os mato-grossenses que estavam no local alertavam: aquele era um dia relativamente fresco se comparado ao que foi vivido nas últimas semanas.

O calor na cidade em que o Brasil treina e vai enfrentar a Venezuela, quinta-feira, na Arena Pantanal, desperta preocupação na Seleção. Dos 23 convocados, 16 estavam na Europa, com temperaturas bem mais baixas.

– Na Inglaterra é sempre frio. Newcastle, então, é quase Escócia, faz muito frio. Está calor em Cuiabá, mas a gente vai se adaptar bem – disse o meio-campista Bruno Guimarães.

A previsão do tempo indica que na quinta-feira, dia da partida, a temperatura pode chegar a 40ºC. Quando a bola rolar, o clima deve estar mais ameno (mas nem tanto), na casa dos 30ºC.

A comissão técnica da Seleção sabe que o calor pode gerar queda de performance, mas pondera que isso também afetará o adversário. Para minimizar este prejuízo, o Brasil adota alguns cuidados, tais como:

  • treinos realizados sempre no fim da tarde, a partir das 17h30, quando já está mais fresco;
  • cuidado individualizado com a hidratação dos atletas;
  • adoção de medidas para esfriamento corporal, como uso de toalhas geladas durante os treinos e o jogo, e banheiras de gelo no vestiário;
  • controle da carga de treinamentos - na última segunda, por exemplo, os atletas ficaram apenas na academia.

– Com essas medidas, a gente consegue minimizar os efeitos do calor, mas não é possível eliminar totalmente. Qualquer lugar que tenha o ambiente quente e estressante, há expectativa de diminuição de rendimento do atleta, mas a gente consegue minimizar bem com esses recursos que vamos utilizar por aqui – explica Guilherme Passos, fisiologista da Seleção.

A partida entre Brasil e Venezuela deve ser pausada no primeiro e no segundo tempo para que os atletas possam se hidratar.

– O calor, é claro, pode causar uma queda de rendimento dos atletas, a gente espera até que isso aconteça. Mas, da mesma forma, o time adversário também vai sofrer com isso. O fato de os brasileiros estarem acostumados ao calor desde a infância, por terem jogado aqui, pode ajudar, embora a gente sabe que essa aclimatação não é perfeita – comenta Luís Fernando de Barros, outro fisiologista da CBF.

Além desses cuidados, a forma de jogar também pode diminuir o desgaste físico, como apontou o zagueiro Marquinhos:

– Talvez uma estratégia seja ficar com a bola para fazê-los correr de um lado para o outro.

Depois de encarar a Venezuela, o Brasil enfrenta o Uruguai, em Montevidéu, na próxima terça-feira, às 21h (de Brasília). A temperatura prevista para o horário do jogo é de 12ºC.

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Portal Santo André em Foco

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