Caridade, a virtude de todas as virtudes!

“A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas por Ele mesmo, e ao próximo como a nós mesmos, por amor de Deus” (CIC 1822). Deus, além de nos amar profundamente, ainda nos dá as condições de amá-Lo e estar unido a Ele. Não pensemos que somos incapazes de amar, pois Deus já imprimiu em nós este dom e, ao instruir seus discípulos por meio do Seu exemplo, de que a caridade é o novo mandamento, Ele mesmo faz da Sua vida o modelo a ser seguido, pois não só viveu a caridade, como a levou à plenitude, salvando a tantos de suas lepras, dores e prisões. E além de curar e libertar, Jesus salvou a muitos que aceitaram a salvação por meio da Sua morte de Cruz.

O apóstolo João nos diz: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. É claro que ainda não somos capazes desse amor até as últimas consequências, mas temos em nós todas as disposições para o amor, pois elas nos foram dadas por Deus.

Seremos julgados pelo amor
Ao falarmos sobre a caridade, é comum lembrarmos rapidamente da Carta de São Paulo aos Coríntios, no Capítulo 13, quando ele discorre sobre várias características da caridade. Além de citar o que é a caridade – paciente, benigna, suporta tudo, crê tudo, espera tudo – diz-nos ainda o que não é a caridade: não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece. Com esse auxílio, poderíamos dizer que a virtude da caridade seria então a mais fácil de se colocar em prática, visto que o apóstolo já nos deixou a descrição da virtude. Mas, como bem sabemos, exercitar tal virtude exige de nós grandes esforços, que vão desde as coisas mais simples até as mais complexas. A vivência da caridade é para com o outro, só é possível quando vivida com Deus. Padre Jonas nos ensinou que a qualidade da minha relação com o outro é fruto da qualidade do meu relacionamento com Deus.

O amor alimenta a alma
É a caridade que ilumina as nossas ações e torna nobre o nosso proceder, pois quem não já ouviu a célebre frase: Seremos julgados pelo amor. Ou como vai nos dizer Santo Agostinho: “Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos”. Além de dar sentido à vida, o amor alimenta a alma.

Com carinho e orações,

Jocelma Cruz

Canção Nova
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