Missa: memória da ação de Deus
Missa: memória da ação de Deus em nós
Missa: memória da ação de Deus. Quando pensamos em memória, vem logo à nossa mente recordações de fatos passados. No entanto, não se trata apenas de lembrança, mas de algo que precisa ser construído e transmitido, do contrário, não se mantém.
A memória também não se refere somente ao passado; a vida presente tem ampla conexão com aquilo que vivemos e se explica pelos acontecimentos ocorridos. No contexto judaico-cristão, a memória exerce um lugar importante, pois mantém viva a história, as relações e alianças que definem a fé de hoje.
Deus mantém a sua Aliança para sempre
Quando, na última Ceia, o Senhor diz: “Fazei isso em memória de mim” (Lc. 22,19), Ele não quer apenas ser lembrado, mas sim que a sua entrega seja colocada no presente, significando que ela acontece hoje, porque Deus mantém a sua Aliança para sempre. E quando nós a recordamos, estamos afirmando que aceitamos essa salvação, que permanecemos de acordo com o acordo firmado. Essas palavras são repetidas no sacrifício da Eucaristia.
A Missa atualiza o sacrifício do Senhor
Na Missa, relembramos os feitos do Senhor na liturgia da Palavra, e no ápice, que é a Consagração, trazemos de volta o que disse Jesus ao instituir a Eucaristia: “Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados” (Mt.26,26-28)
Foi um ato solene do Senhor, que precisa ser lembrado também de modo solene.
Missa: presente e passado de Deus em nossa história
Essa recordação, feita durante a celebração eucarística, também nos une enquanto povo de Deus, criado para a sua glória. Neste sentido, constitui a memória coletiva da nossa fé. Mas nela também nos entramos com a nossa memória individual, nossa vida e tudo o que o Senhor fez conosco a partir de nosso encontro pessoal com Ele. Relembramos a forma como a salvação nos transformou. Por isso, quando vamos à missa, participamos de um sacrifício que se atualiza na história e também mantemos de pé o nosso compromisso íntimo com Cristo.
Elane Gomes
Canção Nova
Portal Santo André em Foco
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