Não viva sozinho, busque apoio

Não viva sozinho, busque apoio. Nossa vida envolve uma série de aspectos que a formam: nossas origens, a herança genética, os fatos do cotidiano, as marcas, os traumas, as superações, alegrias e tantas outras situações que nos afetam direta, ou indiretamente.

Quem ama faz comunidade
É fato que muitos de nós preferimos resolver nossas questões sozinhos, no intuito de não incomodar os demais. Porém, não viva sozinho, busque apoio em outras pessoas.

É muito importante que possamos contar e nos abrir ao que chamamos de rede de apoio, ou seja, aqueles que, em nosso trabalho, igreja, família, amigos, vizinhos, possam nos ajudar em nossas partilhas, na saúde, nas nossas dificuldades. Somos, por natureza, gregários, ou seja, vivemos com outras pessoas e para outras pessoas. Contar com uma pessoa próxima ajudará até mesmo a pensar outras formas de agir frente às dificuldades.

Nem sempre contaremos com nossa família, seja por condições pessoais, distanciamento, falecimento. Nesse momento, outros grupos sociais passarão a compor essa rede de novos contatos.

As amizades passam a compor o grupo daqueles que escolhemos para fazer parte de nossa rede de contatos. Posso afirmar, com certeza, que com amigos verdadeiros compartilhamos coisas boas e ruins de nossa vida, bem como acolhemos dele sua vida e suas realidades.

Com os amigos, temos um refúgio onde podemos ser quem somos e não apenas para receber agrados e elogios. É ali que choramos, revelamos nossas falhas, nossos limites, mas também onde podemos ser amados.

Não viva sozinho, busque apoio
Além das amizades, grupos sociais ligados às comunidades religiosas (igrejas, missões, ações sociais etc), grupos de voluntariado, movimentos de ajuda ao próximo, colegas de trabalho, todos podem colaborar com a proximidade.

Para encontrar pessoas com as quais se identifique, busque lugares de que você gosta, participe de grupos de pessoas que tenham hobbies pelos quais você se interessa. É mais fácil começar relacionamentos novos em lugares de identificação.

Muitas vezes, nosso primeiro pensamento é de estar atrapalhando, ocupando, enchendo, dando trabalho. Ao sofrimento inicial que já estamos vivendo soma-se uma “forma de pensar distorcida da realidade”. Por mais que vivamos numa sociedade onde o individualismo está evidente, muitas pessoas estão dispostas a nos ajudar.

Quem ama a Deus sempre poderá estender sua mão, mas nós precisamos quebrar nossa autossuficiência e orgulho, e nos deixarmos ser ajudados e apoiados nos bons e maus momentos da vida. E mais uma vez eu repito: não viva sozinho, busque apoio!

“Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo.” (Ef 4, 32)

Um abraço fraterno,
Elaine Ribeiro

CANÇÃO NOVA
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