O amor tudo crê
O amor tudo crê. Em algum momento de nossas vidas, passamos por decepções, sentimento de abandono, pois, de alguma forma, fomos enganados.
O mais difícil é sermos vítimas de alguém que, além de ser próximos a nós, é também alguém que amamos.
É doloroso! O resultado é acreditarmos que tudo não passou de uma mentira. Isso rompe em nós o conhecimento do outro e de si mesmo, porque não queremos acreditar em mais nada, ficamos blindados às experiências com o próximo. Agora, vale pensarmos no processo inverso: e quando sou eu o causador dessa explosão de sentimentos no outro?
São Paulo, na primeira carta aos Coríntios, traz as capacidades do amor, e uma delas é que o amor tudo crê (1Cor 13,7). O amor tem a capacidade de acreditar, é um dos seus fundamentos: a confiança. O amor tudo crê!
A mentira mina a confiança entre os homens
Para crer é necessário ter uma base de confiança, e uma das violações da confiança é a mentira, a enganação. Este evento contém a divisão dos espíritos e todos os males que ele suscita. A mentira mina a confiança entre os homens e rompe o tecido das relações sociais (cf. CIC 2486).
A confiança nas pessoas, muitas vezes, reflete uma expectativa perfeita que se pode esperar somente de Deus, Ele é o único que é todo verdade. Não há enganação no amor de Deus que tudo crê. Esperar que não existam mentiras, enganações, decepções nas relações humanas é também não reconhecer que eu posso fazer o mesmo em minha fragilidade.
O amor tudo crê
E qual a solução, não acreditar? Não confiar? Não ter fé? A resposta é a capacidade do amor que tudo crê! O fundamento do amor que tudo crê é a confiança de que podemos experimentá-lo de outra forma: a fé! “A fé é o fundamento daquilo que ainda se espera e prova de realidades que não se veem” (Hb 11,1).
Pela virtude da fé acreditamos no que ainda não tocamos ou no que nossos olhos ainda não viram, seja nas pessoas ou no próprio Deus. A fé, contrária à mentira, une a Deus e ao próximo, porque é o fundamento para todas as outras virtudes, ela amplia o alcance de nossos conhecimentos sobre Deus e as coisas divinas.
Devemos fazer semelhantes aos discípulos de Jesus que se encontravam sem entendimento diante dos muitos ensinamentos: “Senhor, aumenta a nossa fé” (Lc 17,5).
A resposta de Cristo é a mesma a nós, acreditar no que ainda não se vê, “se tivésseis fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: arranca-te daqui e planta-te no mar, e ela vos obedeceria” (Lc 17,6).
O poder para alcançá-la reside em nosso íntimo, porque todo homem justificado pela fé e pela graça de Cristo Jesus há de alcançar o Reino dos Céus. O amor tudo crê!
Que o Senhor Jesus, Palavra de verdade e caridade, nos ajude a dizer a verdade no amor, para nos sentirmos guardiões uns dos outros.
Seu irmão,
Thiago Teodoro
CANÇÃO NOVA
Portal Santo André em Foco
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