Setembro 30, 2024

Balança comercial tem superávit de US$ 2,24 bilhões em setembro, menor para o mês em 5 anos

O Ministério da Economia informou nesta terça-feira (1º) que a balança comercial registrou superávit de US$ 2,246 bilhões em setembro deste ano.

Se as exportações superam as importações, o resultado é de superávit. Se acontece o contrário, o resultado é de déficit.

De acordo com o governo federal, ao todo, as exportações somaram US$ 18,740 bilhões em setembro, e as importações, US$ 16,429 bilhões.

O saldo positivo do mês passado representa queda de 55% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit chegou a US$ 5,071 bilhões. Esse também foi o pior resultado para o mês desde 2014, ou seja, em cinco anos.

Segundo o Ministério da Economia, as exportações tiveram queda de 11,6% na comparação com setembro do ano passado. Já as importações registraram alta de 5,7%.

No caso das exportações, houve recuo de 14,5% na venda de produtos básicos, de 32,1% de produtos semimanufaturados e um aumento de 4,4% nos produtos manufaturados.

Nas importações, o governo federal informou que subiram as compras de bens de capital (95%), mas recuaram as aquisições bens de consumo (-8,5%), de bens intermediários (-3,9%) e de combustíveis e lubrificantes (-6,7%).

Parcial do ano
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, o governo federal informou que o saldo da balança ficou positivo em US$ 33,790 bilhões.

O superávit comercial, com isso, teve queda de 19% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de US$ 41,737 bilhões.

Esse também foi o pior resultado, para esse período, em três anos, ou seja, desde 2015 - quando foi registrado um superávit de US$ 10,175 bilhões.

No acumulado deste ano, de acordo com o Ministério da Economia, as exportações somaram US$ 167,739 bilhões, com média diária de US$ 885 milhões (queda de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado).

As importações totalizaram US$ 133,589 bilhões, com média diária de US$ 706 milhões (queda de 1,8% em relação ao mesmo período de 2018).

Mercados compradores
De acordo com o governo, os principais compradores de produtos brasileiros no acumulado deste ano foram:

  • China, Hong Kong e Macau: US$ 48,037 bilhões;
  • Estados Unidos: US$ 21,801 bilhões;
  • Países Baixos: US$ 8,084 bilhões;
  • Argentina: US$ 7,474 bilhões;
  • Chile: US$ 3,830 bilhões.

Saldo e projeções
No ano passado, a balança comercial registrou superávit de US$ 58,3 bilhões. Com isso, o saldo positivo, assegurado principalmente pela exportação de produtos básicos, ficou 13% abaixo do de 2017.

A expectativa do mercado financeiro para este ano é de nova queda do superávit comercial. Segundo pesquisa realizada pelo Banco Central na semana passada, a previsão para 2019 é de um saldo positivo de US$ 51,71 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior.

O Banco Central, por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 43 bilhões para este ano.

O Ministério da Economia baixou nesta terça-feira a previsão de que o saldo positivo da balança comercial para este ano de US$ 56,7 bilhões para US$ 41,8 bilhões, com US$ 222 bilhões de exportações e US$ 180,4 bilhões de compras do exterior.

Com isso, a previsão oficial do governo é de que o superávit comercial, em 2019, seja o pior, para um ano fechado, desde 2015 - quando o saldo positivo somou US$ 19,512 bilhões.

"O Brasil está nesse cenário de retração da economia mundial. Um dos principais motivos que os organismos internacionais apontam é a guerra comercial", avaliou o disse o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação do MDIC, Herlon Brandão.

Agência Brasil
Portal Santo André em Foco

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