O ministro da Agriculta, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira (22) que o Plano Safra 2023/2024 vai ficar acima de R$ 400 bilhões para custeio e financiamento da produção agropecuária.
"Acho que vai [ser superior a R$ 400 bilhões]. O que falta acertar, que são os últimos detalhes, são os prêmios para as boas práticas de sustentabilidade feitas pelos produtores brasileiros", disse.
O plano vai ser anunciado pelo governo na próxima terça-feira (27), em cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O governo quer conceder benefícios a proprietários com inscrição ativa no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e adotar práticas de reflorestamento, por exemplo. No entanto, ainda falta a definição dos mecanismos.
"Precisamos ter critérios para que isso seja de fato comprovado pelos órgãos de controle e que também sejam um estímulo às boas práticas. Estamos fechando isso", declarou.
O ministro confirmou ainda a previsão de recursos para investimento em armazenamento de grãos. "Será ampliada a linha de crédito para armazéns também", disse, ao se referir às linhas de crédito criadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"As linhas [serão] dolarizadas, que são inovadoras porque os grãos, soja, milho e até trigo, são cotados em dólar, portanto não há risco cambial e a variação cambial não posta risco para as cooperativas tomar recursos do BNDES, com juros mais baratos que o Plano Safra", declarou.
De acordo com Fávaro, os valores do Plano Safra foram definidos na segunda-feira (19), antes da viagem do presidente Lula.
Nesta quinta-feira, o ministro participou de reunião com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, e o subsecretário de Política Agrícola da pasta, Gilson Bittencourt.
g1
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