Setembro 30, 2024

Dólar opera em alta, depois de decisão do Fed e à espera do Copom

O dólar opera em alta nesta quarta-feira, com os mercados à espera das decisões sobre taxas de juros nos Estados Unidos e no Brasil.

Às 16h33, a moeda norte-americana subia 0,79%, a R$ 4,1090.

Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,3%, a R$ 4,0768. No ano, a moeda tem alta acumulada de mais de 5,23%.

Decisões sobre juros nos EUA e no Brasil
Investidores repercutem a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de cortar a taxa de juros no país em 0,25 ponto percentual, conforme era esperado pelo mercado.

O mercado monitora os rumos dos juros nos EUA porque, com taxas mais baixas, o país se tornaria menos atraente para investimentos. Com isso, existe a expectativa de que recursos sejam migrados para mercados emergentes, como o Brasil.

Agora, investidores aguardam sinais sobre os próximos passos, e por isso repercutem a divisão entre os membros do comitê. Na reunião desta quarta, um membro queria um corte ainda mais acentuado, enquanto outros dois se opunham a qualquer redução.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide também nesta quarta a nova taxa básica de juros do país, atualmente em 6% ao ano, e a expectativa do mercado é de que a taxa caia para 5,5% ao ano. Se confirmada uma nova redução, a taxa Selic atingirá o menor patamar em 30 anos, desde que o Banco Central deu início à série histórica da taxa básica de juros, em 1986.

Tensões externas
Para Fernando Bergallo, diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital, apesar do cenário doméstico mais favorável, o dólar continua se valorizando contra o real em função das incertezas do cenário externo, como guerra comercial e desaceleração da economia global.

"Enquanto não tivermos uma inclinação para ativos de risco no exterior, o cenário interno não vai ser suficiente para atrair fluxo para cá. Precisamos de um cenário externo mais favorável", disse à Reuters.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que seu governo pode fechar um acordo comercial com a China antes da eleição presidencial dos EUA ou no dia seguinte à eleição, acrescentando que, se o acordo vier após as eleições, será em termos "muito piores" para Pequim do que se fosse alcançado agora.

A disputa entre os dois países tem afetado as cadeias globais de suprimentos e levou os bancos centrais globais a reduzir os juros este ano para reduzir seu impacto sobre as economias.

G1
Portal Santo André em Foco

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