O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (6) que a política de preços dos combustíveis da Petrobras não está sendo discutida neste momento e que uma alteração da forma como a empresa calcula o preço dos produtos deve ser feita “com muito critério”.
Em entrevista à GloboNews na quarta-feira (5), o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, afirmou que haverá mudança na política de preços praticada pela Petrobras, com a adoção de diretrizes baseadas no mercado interno, e não no exterior, como é hoje.
Mas a medida foi negada pela Petrobras logo depois. Em nota, a companhia informou nesta que não recebeu nenhuma proposta do Ministério das Minas e Energia (MME) sobre alterações em sua política de preço dos combustíveis.
Nesta quinta, Lula desautorizou o debate atual sobre o tema e disse que caberá a ele, como presidente da República, comandar a discussão.
“A política de preços da Petrobras será discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convocar o governo para discutir. Enquanto o presidente da República não convocar, a gente não vai mudar o que está funcionando hoje”, disse Lula.
Lula também disse ter sido pego de surpresa com a discussão pública entre o MME e a Petrobras e que o assunto só será discutido quando ele solicitar. O presidente deu a declaração durante um café com jornalistas no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira.
“A política de preços da Petrobras será discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convocar o governo para discutir. Enquanto o presidente da República não convocar, a gente não vai mudar o que está funcionando hoje”, disse Lula.
“Vamos mudar, mas com muito critério. Porque durante a campanha, eu disse que era preciso abrasileirar o preço da gasolina e do óleo diesel. O Brasil não tem por que estar submetido ao PPI”, afirmou o presidente durante o café.
De acordo com o presidente, o MME e a Petrobras alinharão os discursos e ações quando Lula decidir que a mudanças da política de preços seja discutida.
“Ou seja, essa divergência entre os dois [ministério e Petrobras], ela deixará de existir na hora que eu conversar com os dois, porque o governo não está discutindo isso”, disse Lula.
g1
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