Mai 19, 2024

Paulo Guedes fala em 'fundo do poço' e diz previsão de PIB em 2019 caiu para 1,5% e levará o Brasil a bancarrota Featured

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (14) que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu para 1,5%. Para Paulo Guedes, a economia brasileira está "no fundo do poço".

Paulo Guedes deu as declarações ao participar de uma audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional (CMO).

No ano passado, o governo Michel Temer enviou, e o Congresso Nacional aprovou, o Orçamento de 2019. Conforme o documento, a previsão era o PIB crescer 2,5%.

"O crescimento, que era 2% quando fizeram as primeiras simulações, já caiu para 1,5%. Já começa o contingenciamento de verba", declarou Paulo Guedes.
Questionado sobre a nova previsão apresentada por Guedes, o secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou que o governo conversa com os agentes de mercado que fazem as previsões, e que as "parametrizações" são "muito próximas".

"O que nós temos, efetivamente, é a revisão do PIB, que será anunciada e que aponta para números abaixo de 2%", disse o secretário.
Nesta segunda (13), o Banco Central divulgou um relatório segundo o qual os analistas do mercado financeiro estimam que o PIB crescerá 1,45% neste ano.

Conforme o colunista do G1 e da GloboNews João Borges, o Brasil está "à beira da recessão".

'Fundo do poço'
Paulo Guedes também afirmou no Congresso que a economia do país está no "fundo do poço" e, na avaliação do ministro, está "nas mãos" do Congresso tirar o Brasil dessa situação, com a aprovação de reformas propostas pelo governo.

"Independente de o mercado querer que as coisas aconteçam rapidamente, a nossa realidade é que nós estamos no fundo do poço", afirmou Paulo Guedes.
"Então, não adianta achar que nós vamos crescer por fora, que vamos crescer 3%. Não é a nossa realidade. A nossa realidade é o seguinte: estamos lá no fundo. Agora, está nas mãos da Casa [Congresso Nacional] nos tirar do fundo do poço, com esse equacionamento fiscal", acrescentou.

Copom
Mais cedo, nesta terça-feira, foi divulgada a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo a qual o PIB pode registrar retração no primeiro trimestre deste ano.

Guedes afirmou que, assim que as reformas forem aprovadas, a resposta da economia será rápida.

"As pessoas dizem: 'A economia não está respondendo rapidamente'. Eu pergunto: 'Respondendo a quê?' Se é para responder, é para responder a alguma coisa. O que que nós fizemos para ela crescer? Nós não aprovamos nada. Não fizemos nada, como ela vai sair crescendo? Só na base da saliva, da expectativa, do sonho? Não", argumentou o ministro.

De acordo com Guedes, a estratégia de crescer na base de declarações de autoridades da área econômica já foi tentada em governos do passado. Na visão do ministro, "funciona durante um certo tempo, e ali na frente colapsa tudo".

Novo contingenciamento
De acordo com Paulo Guedes, um novo bloqueio de gastos deve ser anunciado ainda neste mês para cumprir a meta fiscal. Pela meta, o governo estima déficit primário de R$ 139 bilhões.

"Quando cai para 1,5% [a previsão de alta do PIB], as receitas são menores ainda e aí já começam os planejamentos de contingenciamento de verba para frente. Já começam as trajetórias futuras de despesas a serem apertadas, já começa todo mundo a falar: 'Olha, vai ter que contingenciar'. Não são cortes, são contingenciamento. São preparatórias ainda", declarou.

Imposto de Renda
Sobre a correção da tabela do Imposto de Renda, proposta pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia afirmou que o governo está "no meio de uma batalha" e que, portanto, não adianta chamá-lo para "outra guerra".

No último fim de semana, Bolsonaro afirmou que orientou o ministro Guedes a corrigir a tabela no próximo ano com base na inflação.

"Alguém do ministério, que não foram meus secretários, tem sempre um cara que trabalha, conhece os números, gosta desse ou daquele jornalista, fez os cálculos era entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões [o custo de correção da tabela]", declarou.

G1
Portal Santo André em Foco

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