O dólar opera em queda nesta quinta-feira (5), em baixa pelo terceiro pregão consecutivo, após aprovação proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e depois do anúncio de nova rodada de negociações entre China e Estados Unidos que deve ocorrer em outubro.
Às 15h23, a moeda norte-americana caía 0,19%, vendida a R$ 4,0974. Na mínima, o dólar atingiu R$ 4,0694.
No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 1,78%, vendida a R$ 4,1051.
Nesta quinta, China e Estados Unidos concordaram em realizar negociações comerciais de alto nível no início de outubro em Washington, em meio a temores de que uma crescente guerra comercial possa desencadear uma recessão econômica global. As negociações foram acertadas em ligação telefônica entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.
No cenário doméstico, o presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta "preservar" a regra que impõe um teto para os gastos públicos, um dia após ter dito que mudança "é uma questão de matemática". O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na noite de quarta que o teto de gastos é "sólido" e que revisar a norma para aumentar as despesas seria "besteira".
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na quarta-feira (4) a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência. Com a aprovação, o texto seguirá para o plenário do Senado, onde será submetida a dois turnos de votação.
De acordo com o relator Tasso Jereissati, as mudanças feitas na PEC principal foram supressões e ajustes redacionais. Por isso, caso o parecer seja mantido pelo plenário, o texto irá a promulgação sem precisar ser reanalisado pela Câmara.
Atuação do Banco Central
Há pouco, o Banco Central informou que vendeu ao mercado todos os US$ 580 milhões ofertados em moeda à vista. Em operação simultânea, colocou o lote integral de 11.600 contratos de swap cambial reverso, destaca a Reuters.
Em evento em Brasília, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse nesta manhã que as intervenções cambiais visam dar estabilidade ao mercado.
Depois de um conturbado mês de agosto, no qual o real sofreu a maior depreciação mensal desde 2015, o Goldman Sachs acredita em algum espaço de recuperação para a divisa brasileira. "Contudo, a significativa ligação macroeconômica entre Brasil e Argentina... continua a sugerir potencial para alguma fraqueza nos ativos (brasileiros) caso riscos de cauda na Argentina se materializem", afirmaram profissionais do banco em nota a clientes.
G1
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