As vendas de veículos novos no Brasil tiveram queda de 14,53% no primeiro semestre de 2022, mostram os resultados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta terça-feira (5).
No acumulado do ano, foram emplacadas 917.942 novas unidades no país, entre carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. O g1 não contabiliza motos e implementos rodoviários.
No mesmo intervalo de 2021, os emplamentos somavam 1.073.937 unidades. Ao fim do ano, as vendas de veículos novos no Brasil tiveram alta de 2,98% em 2021 contra o ano anterior.
A maior queda foi no segmento de comerciais leves, com recuo de 16,89%. Caminhões tiveram queda de 1,22% e ônibus, de 1,31%.
Mas o grosso da redução foi puxada pela queda de 15,04% para automóveis, que representam quase 75% do mercado. Foram vendidos 683.173 carros, contra um resultado de 804.141 no ano passado.
Entre maio e junho, a queda de emplacamentos de veículos novos foi de 4,81%, segundo a Fenabrave. Os comerciais leves também puxam o recuo, com redução de 10,16%. Automóveis caíram 4,21% e ônibus, 3,40%. Caminhões tiveram alta de 5,27%, mês a mês.
Comparado ao mesmo mês do ano passado, junho teve redução de 2,39% em novos emplacamentos. Comerciais leves caíram 12,07%, enquanto caminhões recuaram 2,10% e ônibus, 1,93%. Os automóveis tiveram leve alta, de 0,22%.
Os resultados foram apresentados em coletiva de imprensa na sede da Fenabrave, zona sul de São Paulo.
Projeções
Com os resultados ruins do semestre em mãos, a Fenabrave atualizou as projeções do mercado para 2022. Em janeiro, a entidade esperava um avanço de 4,6% no ano. Agora, a expectativa é de crescimento zerado.
São esperados 2.119.918 emplacamentos, contra 2.119.426 do ano passado. Para automóveis, deve haver redução de 0,5%. Caminhões devem ter desempenho estável, enquanto comerciais leves (1,8%) e ônibus (2,8%) sobem sensivelmente.
“Em outubro, acredito que podemos subir a projeção. Ainda há um descasamento do que se consegue produzir e a demanda de venda. Alguns modelos estão faltando, outros estão sobrando. Mas o que está parado sai rápido com a chegada de peças”, diz Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
Segundo a entidade, há um represamento de 500 mil veículos a serem entregues no país. Há ainda uma expectativa de antecipação de vendas por conta da entrada em vigor do sistema Euro 6 no ano que vem, conjunto de normas que regulamentam a emissão de poluentes para motores a diesel
g1
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