Outubro 01, 2024

Dólar sobe em véspera de decisões sobre juros nos EUA e no Brasil

O dólar opera em alta nesta terça-feira (30), na véspera das decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e Banco Central do Brasil, e com os mercados ainda de olho nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Às 11h44, a moeda norte-americana tinha alta de 0,26%, a R$ 3,7929.

Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,29%, vendido a R$ 2,7830.

Tanto o Fed, nos Estados Unidos, quanto o Copom, no Brasil, se reúnem já nesta terça-feira, mas as decisões sobre a taxa de juros de cada país será anunciada apenas na quarta. Dessa forma, operadores ficam em compasso de espera neste pregão e o dólar segue movimentos técnicos, destaca a Reuters.

"Ele (o dólar) fica técnico, mas evitando excessos. Não tem muito porque descolar acima de R$ 3,80 ou ir abaixo de R$ 3,75 até a decisão do Fed e a sinalização", disse à agência Cleber Alessie Machado, operador da corretora H.Commcor, acrescentando que a ligeira alta do dólar pode estar atrelada à formação da taxa Ptax de fim de mês, também na quarta-feira (31).

As expectativas já estão consolidadas em direção a um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Fed, o que leva agentes financeiros a concentrarem as atenções principalmente em possíveis sinalizações do banco sobre a trajetória futura da política monetária.

Sinais conflitantes, que de um lado apontam para resiliência da economia norte-americana, mas por outro indicam a continuidade de pressões que podem desacelerá-la, deixam investidores no aguardo da reação do banco central dos EUA.

As apostas de corte foram reforçadas pela divulgação de dados sobre os gastos dos consumidores norte-americanos e dos preços, que subiram moderadamente em junho, apontando para um crescimento econômico mais lento e uma inflação benigna.

"Considerando que venha um corte de 0,25, vai ser muito importante a sinalização se tem mais um corte por vir ou se tem mais alguns cortes por vir. Pela curva, tem mais cortes por vir, mas precisa ver como o Fed vai expor isso ao mercado", afirmou Alessie Machado à Reuters.

Juros mais baixos nas principais economias do mundo melhoram a relação risco/retorno para aplicações em ativos de mercados mais arriscados, como os emergentes, o que pode estimular entrada de capital para o Brasil, puxando a cotação do dólar para baixo no país.

No caso do Copom, as apostas estão ainda mais consolidadas em torno da redução de 0,25 ponto percentual, o que levaria a Selic, atualmente em 6,50% ao ano, para uma nova mínima histórica.

Da mesma maneira, o mercado se atentará a pistas que o BC dará sobre decisões futuras, visto que a pesquisa Focus vem indicando que o mercado espera a Selic em 5,50% ao fim de 2019.

Outro fator que também corrobora para a cautela adotada antes das decisões de juros no Brasil e EUA é a retomada das negociações comerciais entre chineses e norte-americanos, com foco na questão das compras de produtos agrícolas dos EUA pelos chineses, uma das precondições estabelecidas para reiniciar as conversas.

G1
Portal Santo André em Foco

Rate this item
(0 votes)

Leave a comment

Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.

© 2019 Portal Santo André em Foco - Todos os Direitos Reservados.

Please publish modules in offcanvas position.